Os EUA estarão a equacionar adicionar a Alibaba e a Tencent à lista de empresas chinesas possivelmente detidas pelo exército daquele país, reporta o Wall Street Journal, naquela que poderá ser uma das últimas, mas mais marcantes decisões da administração Trump em relação ao rival asiático.
As restrições às duas maiores empresas asiáticas serviriam para cimentar a política para com a China, isto numa altura em que o próximo presidente, Joe Biden, se prepara para assumir o cargo. Apesar da decisão ainda não ser oficial, a notícia gerou um forte impacto na cotação de ambas as empresas, com a bolsa de Hong Kong a ver a Alibaba a perder 3,9% e a Tencent desvalorizar 4,7%, enquanto que o gigante do comércio eletrónico caiu 5% nos mercados americanos.
A China já fez saber que irá trabalhar para defender os interesses das suas empresas, através de uma declaração da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Em 2020, Trump havia já tentado banir a WeChat do país, a aplicação de comunicações detida pela Tencent, mas viu a ordem bloqueada pelos tribunais americanos.
Também o grupo Ant de Jack Ma, que detém a Alibaba, havia sido considerado para esta lista negra de empresas impedidas de levar a cabo transações no mercado americano. Recorde-se que o grupo viu recentemente uma Oferta Pública Inicial para a bolsa de Hong Kong travada por Pequim, o que levou a empresa a desvalorizar mais de 25% desde essa altura, em novembro. Ainda assim, o grupo é uma das 10 maiores empresas mundiais.
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