[weglot_switcher]

Altice: trabalhadores esperam que Silva Peneda traga “maior abertura ao diálogo social” na empresa

“Silva Peneda tem o currículo e a experiência necessária para trazer diálogo social à empresa”, afirma José António Arsénio, em declarações ao “Jornal Económico”.
  • Cristina Bernardo
22 Março 2018, 11h12

O secretário-geral do Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (Sindetelco) espera que a escolha do ex-presidente do Conselho Económico e Social (CES) José Silva Peneda para integrar o conselho de relações laborais da Altice, traga uma maior abertura ao diálogo social na empresa.

Em declarações ao “Jornal Económico”, José António Arsénio diz que “Silva Peneda tem o currículo e a experiência necessária para trazer diálogo social à empresa. Está habituado a lidar com ambas as partes – trabalhadores e administração – e esperamos que não se limite a servir de veículo de transmissão de factos consumados pela Altice”.

“Estamos disponíveis a discutir soluções e contamos com o conselho de relações laborais para fazer o mesmo”, afirmou.

José Silva Peneda desempenhou vários funções públicas de relevo. Foi deputado, ministro do Emprego e eurodeputado. Foi nomeado em 2009 presidente CES, cargo que ocupou até 2015. Depois disso, passou a conselheiro principal do presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker.

Economista de formação, vem juntar-se a outro “peso pesado” da concertação social, o ex-presidente da UGT, João Proença, no conselho que pretende “aumentar a eficiência nas relações entre os trabalhadores e a empresa”. José Arsénio acusa a Altice de “más práticas de responsabilidade social, desde a compra da Portugal Telecom (PT)” e indica que a empresa não é hoje bem vista interna e externamente.

“Portugal transformou-se quase num franchise da Altice e a questão de para onde vai o lucro da empresa preocupa os portugueses”, indica José Arsénio. “Este novo comité nomeado pela empresa será uma experiência nova e aguardamos por um diálogo social mais eficaz, que permita alcançar paz social e gerar consensos entre a administração e os trabalhadores”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.