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Altran quer 100 especialistas no seu centro de dados e de inteligência artificial até ao fim de 2020

“[Este centro] vem no seguimento da nossa estratégia de áreas de valor acrescentado que temos vindo a desenvolver ao longo dos anos. Isto vai consistir em ter ter pessoas com conhecimento de data science e inteligência artificial para dar suporte a clientes locais e internacionais, nas mais diversas industrias – banca, telecomunicações e saúde por exemplo”, disse Bruno Casadinho, COO da Altran, ao JE.
  • CEO da Altran, Célia Reis, durante a apresentação do novo centro de dados e de inteligência artificial
30 Maio 2019, 07h35

A Altran pretende ter 100 especialistas até ao final do ano de 2020 a trabalhar no seu novo centro de dados e inteligência artificial, oficialmente lançado na quarta-feira, 29 de maio, em Lisboa, revelaram a presidente executiva da consultora de engenharia, Célia Reis, e o seu chief operating officer (COO), Bruno Casadinho, ao Jornal Económico. Com este data center, a operação da Altran em Portugal passou a integrar um grupo mundial com mais de 350 especialistas, constituindo-se como “um satélite de uma rede global de especialistas no Reino, França, Alemanha, Holanda e Espanha”.

O início de atividades do Tessella – Altran World Class Analytics foi assinalado ontem. Inicialmente, contará com uma equipa de 35 engenheiros especialistas em diversas disciplinas que se dividem entre os escritórios de Lisboa e do Porto.

“[Este centro] vem no seguimento da nossa estratégia de áreas de valor acrescentado que temos vindo a desenvolver ao longo dos anos. Isto vai consistir em ter ter pessoas com conhecimento de data science e inteligência artificial para dar suporte a clientes locais e internacionais, nas mais diversas industrias – banca, telecomunicações e saúde por exemplo”. Bruno Casadinho, COO da Altran, ao Jornal Económico

“O nosso fator diferenciador é entregarmos inteligência artificial industrializada”, acrescentou a CEO da empresa, Célia Reis, à margem do evento inaugural deste centro. Ou seja, os dois responsáveis explicaram ao JE que, a partir deste novo centro de ciência de dados e inteligência artificial, os clientes da Altran poderão receber novas tecnologias relativas à inteligência artificial – prontas a usar -, apesar  do tema ainda ser “razoavelmente laboratorial, em fase de prototipagem”.

De acordo com o que a empresa anunciou ontem, este centro de dados e a inteligência artificial surgiu “no sentido de oferecer aos clientes soluções de valor acrescentado e responder às necessidades do mercado, na disponibilização de consultoria de engenharia de ponta a clientes internacionais.

“Neste contexto o que podemos acrescentar a integração nos nossos centros globais de engenharia, onde já temos uma vasta experiência no desenvolvimento de software complexo, regulado e respectiva integração. Permite-nos estar bem equipados e preparados em integrar estas componentes de inovação e em tecnologia ainda em estado de amadurecimento”. Célia Reis, CEO da Altran, ao Jornal Económico.

Questionada pelo investimento que este novo centro representa, Célia Reis salientou que anualmente a Altran canaliza 3% das suas receitas anuais para o investimento – no último exercício anual, relativo a 2018, para a região Iberia, que inclui Portugal, o grupo Altran registou receitas de 265,4 milhões de euros.

Além da percentagem referida, a “Altran já assinou dois contratos de investimento com o Governo, o segundo dos quais concluído no ano passado, acrescentou a CEO.

“Globalmente, desde 2013 até 2018, nós concluímos esse investimento, cujo montante rondava os 19 milhões de euros”, Célia Reis, CEO da Altran, ao Jornal Económico.

Já Bruno Casadinho, quando questionado sobre se Portugal poderá um dia comparar-se a países como Estados Unidos, China e Canadá, no que respeita ao investimento em inteligência artificial, afirmou que “a capacidade de investimento nesses países não é comparável em Portugal”.

“O investimento tem de ser visto em perspetiva relativa em função daquilo que é o país e em função do investimento global que empresas e Estado realizam”, complementou Célia Reis.

Contudo, Portugal é por tradição um “early adopter” (dos primeiros a procurar e a adoptar novas tecnologias), o que ajuda a compensar o facto de não ser possível acompanhar outros países no investimento que se faz nestas áreas. Para Célia Reis, isso confere um “posicionamento tecnológico” que fará a diferença.

https://jornaleconomico.pt/noticias/altran-lanca-centro-de-dados-e-inteligencia-artificial-em-portugal-450438

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