A atual líder da bancada parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, foi oficialmente promovida a ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, um novo ministério criado pelo primeiro-ministro, António Costa, para o próximo Governo.
Este ministério tem uma especial tarefa no sentido de negociar com os partidos o próximo Orçamento do Estado para 2022. O cargo que existia até então era o de secretário dos Assuntos Parlamentares, ocupado por Duarte Cordeiro, agora com a tutela do Ambiente e da Ação Climática.
Ana Catarina Mendes, de 49 anos, é licenciada em Direito na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e frequentou o mestrado em Novas Fronteiras do Direito no ISCTE. A sua vida na política começou em 1993 com o cargo de deputada municipal em Almada até 1997. Foi também deputada na Assembleia da República eleita pelo círculo de Setúbal nas VII, VIII, IX, X, XI, XII e XIII legislaturas, ou seja, desde 1995.
Desde 2015 até 2019 desempenhou funções de secretária-geral adjunta do Partido Socialista. Em 2018 a Comissão Nacional do PS elegeu esta Ana Catarina Mendes para o cargo de secretária-geral adjunta dos socialistas com 84,4% dos votos e o Secretariado Nacional, o órgão de direção partidário, com 85,66% dos votos.
Em 2019, a sua vida partidária ganhou um novo capítulo quando foi eleita líder da bancada do PS, com 91% dos votos, obtendo 98 votos favoráveis num total de 108 deputados socialistas.
Nas mais recentes eleições, voltou a ser cabeça de lista do PS. Em entrevista ao jornal regional “Setubalense”, em janeiro, explicava que o seu trabalho não estava concluído. “Começamos este projeto há seis anos e temos ainda muito para dar, e continuar a trazer boas novidades para o distrito e melhores condições de vida para as pessoas”, referia Ana Catarina Mendes.
A deputada tem-se posicionado sempre do lado de Costa, mesmo quando o Orçamento foi chumbado. Logo após o chumbo a deputada admitiu a sua “tristeza” para com o chumbo do documento. “Os nossos parceiros à esquerda sabiam-no, fizeram a sua escolha e agora vamos para o próximo momento”, garantiu.
Para Ana Catarina Mendes “o que estava em cima da mesa não eram questões orçamentais, eram questões laterais que podiam ter sido trabalhadas noutra sede”.
Depois, seguiram-se as legislativas e ao contrário de Costa, que inicialmente se mostrava acanhado a pedir maioria absoluta, Ana Catarina Mendes não escondeu a vontade de que o partido ganhasse as eleições com maioria. “Prefiro que o Partido Socialista tenha uma maioria – e não tenho nenhum receio, é a Ana Catarina a dizer -, uma maioria absoluta”, disse à “TSF” a 3 de janeiro.
Ana Catarina Mendes descrevia Costa como sendo “um homem de diálogo”. Teve maioria absoluta na Câmara Municipal [de Lisboa], isso não fez dele um tirano, um déspota, antes pelo contrário”, defendia.
Paralelamente à vida política, Ana Catarina Mendes é também comentadora no programa “O Princípio da Incerteza” da “CNN”. Nas suas últimas intervenções tem abordado a guerra na Ucrânia.
“Para Putin aquilo que é preciso é o que se chama destruição construtiva, ou seja, partir as relações todas que têm com o ocidente até aqui e construir uma nova relação, seja porque tem medo do espaço que a NATO ganha nos países a leste e que isso constitui uma ameaça, seja porque considera que há quatro eras na Rússia desde os Czar. Aquilo que Putin quer que é uma nova era”, frisou Ana Catarina Mendes a 28 de fevereiro, quatro dias depois do conflito ter começado.
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