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ANA vai suspender operação no Terminal 2 do aeroporto de Lisboa

A ANA assegura que está comprometida com o Estado para assegurar que as principais portas de acesso aéreo ao país permanecem sempre abertas, permitindo aos portugueses no estrangeiro e aos estrangeiros em Portugal regressarem para junto das suas famílias, e às cadeias logísticas essenciais continuarem a funcionar.
27 Março 2020, 13h55

A ANA – Aeroportos de Portugal vai suspender a partir da próxima segunda-feira, dia 30 de março, a operação do Terminal 2 no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Esta é uma das primeiras medidas tomadas pela gestora aeroportuária pertencente ao grupo francês Vinci face ao impacto do coronavírus na atividade do transporte aéreo.

No entanto, ao contrário do que está a suceder com os aeroportos de Paris Orly e London City, que já anunciaram os respetivos encerramentos, a ANA garante que vai manter aberta a ligação aérea a Portugal.

“A ANA reorganiza a operação dos aeroportos e continua a assegurar a ligação aérea de Portugal. Face a uma crise sanitária nunca antes vivida e às medidas de restrição aplicadas às deslocações das pessoas, cujas consequências no setor da aviação ultrapassam os prejuízos decorrentes do 11 de setembro 2001, as companhias aéreas foram forçadas a reduzir rápida e fortemente as suas operações”, explica a gestora aeroportuária em comunicado.

O mesmo documento destaca que, “simultaneamente, os aeroportos pelo mundo todo adotaram medidas drásticas de reorganização das suas atividades, para acompanhar a redução – às vezes quase total – do ráfego aéreo”, acrescentando que, “perto de nós, alguns dos maiores aeroportos de Europa estão a fechar: Paris Orly e London City anunciaram a suspensão das suas atividades e Viena, está parcialmente encerrado”.

“Perante esta situação, a prioridade da ANA Aeroportos de Portugal tem sido a proteção da saúde dos passageiros e dos trabalhadores da comunidade aeroportuária através da implementação de medidas (DGS), nomeadamente, divulgação e cumprimento das recomendações de prevenção, higiene e distanciamento social, reforço da limpeza das instalações e desinfeção, limitação do acesso aos aeroportos e aquisição e implementação de um sistema de câmaras de medição de temperatura. Imediatamente a seguir está a continuidade do serviço publico. A ANA está comprometida com o Estado para assegurar que as principais portas de acesso aéreo ao país permanecem sempre abertas, permitindo aos portugueses no estrangeiro e aos estrangeiros em Portugal regressarem para junto das suas famílias, e às cadeias logísticas essenciais continuarem a funcionar”, garantem os responsáveis da ANA.

No entanto, a administração da gestora aeroportuária alerta que “os aeroportos portugueses não estão imunes aos impactos económicos desta pandemia, e com o objetivo de proteger os empregos nesta fase de grande incerteza, a ANA está obrigada a reorganizar a sua operação”.

“Nesse sentido, a partir de segunda-feira, dia 30 de março, às 12h00, será suspensa a operação do Terminal 2 do aeroporto Humberto Delgado, concentrando-se todos os embarques no Terminal 1. Será utilizado o T2, unicamente, para voos especiais de apoio ao SNS e voos humanitários”, adianta o referido comunicado.

Para Thierry Ligonnière, presidente da Comissão Executiva da ANA, “a manutenção da operação só é possível graças ao profissionalismo, dedicação e empenho exemplar dos colaboradores da ANA Aeroportos de Portugal, com elevada consciência do seu dever de solidariedade com o país neste momento de grande preocupação”.

“Da Horta ao Funchal, das Flores ao Porto, de Lisboa a Ponta Delgada, do Porto Santo a Beja, Flores ou Santa Maria, milhares de profissionais asseguram a ligação aérea de Portugal ao mundo, apoiam a chegada de portugueses repatriados e garantem que medicamentos e outros dispositivos cheguem aos hospitais”, defende Thierry Ligonnière.

A ANA assegura ainda que “continua a acompanhar a evolução da situação de forma permanente, em estreita
ligação com as autoridades de saúde e a Autoridade Nacional da Aviação Civil” e que “está totalmente empenhada em contribuir para o esforço nacional de mitigação dos riscos para melhor combater esta pandemia”.

A ANA é detida pela Vinci Airports, uma cinco maiores operadoras de aeroportos do mundo, gere o desenvolvimento e as operações de 45 aeroportos em França, Portugal, Reino Unido, Suécia, Sérvia, Camboja, Japão, Estados Unidos da América, República Dominicana, Costa Rica, Chile e Brasil.

Nesta operação, a rede da Vinci Airports, servida por cerca de 250 companhias aéreas, contou 255 milhões de passageiros em 2019.

A ANA Aeroportos de Portugal é responsável pela gestão dos 10 aeroportos em Portugal e passou a fazer parte da rede VINCI Airports em setembro de 2013.

A empresa gere aeroportos no continente (Lisboa, Porto, Faro e Beja) e nas ilhas dos Açores (Ponta Delgada, Horta, Flores e Santa Maria) e Madeira (Madeira e Porto Santo), que movimentaram 59 milhões de passageiros em 2019, um crescimento de 6,9% face a 2018.

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