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Angela Merkel quer manter conversações com SPD para formar coligação

A chanceler alemã quer encetar conversações com o SPD de Martin Schulz, que conseguiu 20,5% dos votos, o Partido Liberal (9,2%) e os Verdes (8,9%). De fora da lista de preferências de Angela Merkel fica a extrema-direita, representada pela AfD.
  • Angela Merkel
25 Setembro 2017, 14h01

A líder da União Democrata-Cristã (CDU), Angela Merkel, que conseguiu este domingo renovar o seu mandato enquanto chanceler da Alemanha mas sem maioria, quer manter conversações com o Partido Liberal (FDP), os Verdes e o Partido Social-Democrata (SPD) para formar uma coligação que permita a governabilidade do país. O anúncio feito esta segunda-feira por Angela Merkel surge depois de o SPD, segundo partido mais votado nas eleições, ter posto de parte da formação de uma coligação com a CDU.

“Estou disponível para cumprir quatro anos na chancelaria do país”, afirmou Angela Merkel aos jornalistas, assegurando estar a trabalhar numa coligação. Os escolhidos são o SPD de Martin Schulz, que conseguiu 20,5% dos votos, o Partido Liberal (9,2%) e os Verdes (8,9%). De fora da lista de preferências da líder democrata-cristã fica a extrema-direita, representada pela Alternativa para a Alemanha (AfD) que conseguiu arrecadar 12,6% nos votos e a terceira melhor votação da noite.

Em conferência de imprensa, Angela Merkel afastou o cenário de eleições antecipadas para garantir à Alemanha um Governo estável, defendendo que “o voto dos cidadãos alemães tem de ser tido em conta”. “Qualquer especulação sobre novas eleições nos próximos meses é um desrespeito para como os nossos eleitores”, sustenta.

Confrontada com os resultados mais baixos desde 1949, Angela Merkel garante que não há motivos para serem apontados erros à campanha eleitoral do seu partido, que está no poder há mais de 12 anos. “Não vejo o que devemos fazer de forma diferente. Fizemos uma campanha eleitoral como faria hoje novamente”, afirmou a chanceler. “Eu nunca pensei que seria fácil, mas estou preparada para os próximos quatro meses”.

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