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Angola vai realizar em outubro primeira edição da Feira da Economia Azul

No anúncio do evento, a ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Cármen Neto, referiu que a feira de âmbito internacional, a ter lugar na baía de Luanda, numa área de sete mil metros quadrados, enquadra-se nas políticas e estratégias do executivo angolano para o crescimento e desenvolvimento do setor.
18 Agosto 2023, 19h23

O Governo angolano vai realizar, em Luanda, de 25 a 28 de outubro deste ano, a primeira edição da Feira da Economia Azul, para promoção do setor das pescas, num investimento de 250 milhões de kwanzas (276.213 euros).

No anúncio do evento, a ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Cármen Neto, referiu que a feira de âmbito internacional, a ter lugar na baía de Luanda, numa área de sete mil metros quadrados, enquadra-se nas políticas e estratégias do executivo angolano para o crescimento e desenvolvimento do setor.

Cármen Neto salientou ainda que o evento tem como principal objetivo fomentar e diversificar a economia marítima, atrair novos investimentos, com vista ao aumento da oferta de emprego, promover novos produtos e serviços, bem como estabelecer novas parcerias e melhorar o posicionamento de Angola no contexto regional e internacional.

“Esta feira não será meramente expositiva, pois contará com um ciclo de conferências, em que irão participar diversos atores na especialidade da economia azul, desde entidades públicas e privadas, bem como associações, investidores privados, ‘startups’, ou seja, individualidades que em conjunto desenvolvem ações em prol da economia azul e do desenvolvimento sustentável”, frisou.

Em declarações à imprensa, a governante angolana disse que a contribuição da área no setor não petrolífero é de 3,6%, uma percentagem “muito ainda aquém” daquilo que pretendem alcançar.

“Esperamos já no fim do ano trazer outros números mais chamativos. O que precisamos é um pouco reorganizar alguns dos aspetos que estão a colocar entraves para que não seja possível termos um teto mais alto”, disse a ministra, apontando os desafios ligados às “boas práticas, compreensão da legislação, da literacia que os diferentes atores têm sobre as atividades que exercem”.

Entre os desafios das boas práticas, prosseguiu a titular da pasta das Pescas e Recursos Marinhos, constam a pesca de arrasto, a pesca de cerco, do caranguejo e da gamba costeira.

Relativamente à fiscalização, Cármen Neto referiu que apesar da falta de recursos e de meios, “está a ser feita do ponto de vista estrutural”, ou seja, vai sendo realizada “quer por via digital, seguindo as embarcações, quer por via de incursões no mar e trazendo os infratores”.

“Efetivamente nós temos apreendido vários infratores, trago a mensagem da diminuição das transgressões, queremos que ela vá diminuindo, porque não conseguimos controlar que ela tenha um aspeto zero”, sublinhou, avançando que o setor regista nesta altura uma captura de cerca de 330 mil toneladas.

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