[weglot_switcher]

“António Costa andou nos últimos quatro anos a empurrar com a barriga crise do SNS”, diz Marques Mendes

O antigo líder do PSD no comentário político na estação televisiva “SIC” afirmou que o “problema da saúde em Portugal não se resolve apenas com discursos, nem com abrir os cordões à bolsa ou com propaganda”.
29 Dezembro 2019, 21h30

Luís Marques deixou críticas e elogios à mensagem de Natal do primeiro ministro António Costa, principalmente no que à crise do Serviço Nacional de Saúde diz respeito.

No seu comentário político na “SIC”, o antigo líder do PSD, começou por afirmar que “a mensagem de António Costa evidencia por um lado preocupação, ou seja António Costa durante os últimos quatro anos andou a desvalorizar a crise do SNS, a disfarçar, a empurrar com a barriga e a fazer de conta e agora mudou”.

No entanto, Marques Mendes frisa que o primeiro ministro “finalmente arrepiou caminho e percebeu que há um problema sério na saúde em Portugal, e que isso cria problemas aos cidadãos e desgaste ao Governo”. O comentador salientou que “António Costa foi muito criticado à direita e à esquerda” na sua mensagem de Natal, sendo que “algumas críticas têm razão de ser, outras nem tanto”.

Por outro lado, a mensagem de Natal de António Costa, mostrou a Marques Mendes um “sinal de inteligência”. “Se António Costa colocar este tema sistematicamente na agenda retira espaço às críticas da oposição, ou seja as pessoas vão dar mais atenção às mensagens e às decisões do Governo e menos às críticas dos partidos da oposição”, afirmou.

Contudo, Marques Mendes deixa o alerta para a grave crise que o SNS atravessa no país. “O problema da saúde em Portugal é tão sério que não se resolve apenas com discursos, nem com abrir os cordões à bolsa ou com propaganda”, salientando que o primeiro ministro só tem uma maneira de resolver a situação.

“António Costa só tem uma forma de resolver a sério os problemas do SNS. É conferir à saúde nos próximos quatro anos, a mesma prioridade que concedeu à redução do défice orçamental nos últimos quatro anos. Para isso precisa de ter em primeiro lugar vontade política, capacidade reformista, abrir os cordões à bolsa, sobretudo no investimento e ter uma ministra com estatuto político”.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.