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António Costa: “Hoje, mais ainda, devemos celebrar Abril”

“Sempre defendi que o estado de emergência não suspende a democracia. Hoje, mais ainda, devemos celebrar Abril. Democracia, Liberdade, 25 de Abril sempre!”, escreveu o Chefe do Executivo, numa publicação este sábado, minutos depois do fim das comemorações oficiais na Assembleia da República, onde seguindo a tradição não fez nenhuma intervenção. 
25 Abril 2020, 12h36

O primeiro-ministro, António Costa, saudou os 46 anos da Revolução dos Cravos com uma mensagem no Twitter, onde diz que “o Estado de Emergência não suspende a democracia”.

“Sempre defendi que o estado de emergência não suspende a democracia. Hoje, mais ainda, devemos celebrar Abril. Democracia, Liberdade, 25 de Abril sempre!”, escreveu o Chefe do Executivo, numa publicação este sábado, minutos depois do fim das comemorações oficiais na Assembleia da República, onde seguindo a tradição não fez nenhuma intervenção.

As comemorações dos 46 anos da “Revolução dos Cravos” decorreu com limitações devido à pandemia do novo coronavírus, não excedendo as 100 pessoas, entre presidentes das bancadas parlamentares, deputados e convidados, entre os quais o antigo Presidente da República Ramalho Eanes e representantes da Associação 25 de Abril.

Os discursos dos vários representantes institucionais e políticos ficaram marcados pela defesa sobre realização da comemoração ou não no Parlamento durante o Estado de pandemia. O Presidente da República defendeu a realização da cerimónia do 25 de abril no Parlamento, com Marcelo Rebelo de Sousa a considerar que é precisamente em “tempos excecionais” que é necessário uma maior unidade dos portugueses, pelo qual faz sentido realizar este tipo de rituais.

Também o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, enalteceu a importância das comemorações do 25 de Abril no Parlamento e das regras de funcionamento do sistema democrático, defendendo ser necessário garantir que as crises nunca servirão de pretexto para lançar as sementes de qualquer alternativa anti-democrata.

“O pior que podia acontecer à nossa democracia era ver o trabalho de escrutínio próprio das oposições parlamentares ser exercido por poderes fácticos ou inorgânicos, cujos intentos são pouco claros, muitas vezes contraditórios entre si e dificilmente circunscritos em relação às questões em disputa, dos quais não virá nenhuma alternativa política, nenhum benefício democrático”, disse no discurso de abertura das comemorações oficiais do 25 de abril no Parlamento.

“Pior está a democracia quando o escrutínio é feito com base em calúnias, em mentiras, em falsidades, em campanhas de desinformação que apenas visam denegrir as instituições, os seus representantes. Não é isto escrutinar a democracia, isto é a democracia a ser atacada”, acrescentou.

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