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António Costa marca início da presidência portuguesa da UE: “Temos seis meses de intenso trabalho”

O primeiro-ministro destacou as três prioridades de atuação: a recuperação económica, a importância do desenvolvimento do pilar social da União Europeia e o aumento da autonomia estratégia “de uma Europa aberta ao mundo”.
  • Tiago Petinga / Lusa
5 Janeiro 2021, 17h41

O primeiro ministro alertou esta terça-feira para a principal prioridade da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, a recuperação económica, para a qual é “fundamental garantir” a aprovação do regulamento do fundo de recuperação, do aumento do limite dos recursos próprios europeus e dos 27 planos nacionais de recuperação.

A visita a Lisboa do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, marca o arranque oficial da presidência portuguesa da União Europeia, que é a quarta de Portugal, mas a primeira sob a vigência do Tratado de Lisboa (2007).

“Tivemos oportunidade de delinear o calendários dos diferentes temas até junho e reafirmar as três grandes prioridades: a primeira é a recuperação económica. Depois do extraordinário trabalho da presidência alemã, é tempo de agir para assegurar uma recuperação justa, verde e digital”, referiu António Costa, em conferência de imprensa.

O líder do Executivo português destacou ainda a importância do desenvolvimento do pilar social da União Europeia e do aumento da autonomia estratégia “de uma Europa aberta ao mundo”. “É uma presidência diferente das outras. Queremos trabalhar de uma forma muito estreita com outras instituições”, garantiu, em declarações aos jornalistas.

“É para nós uma enorme honra termos recebido este testemunho da chanceler Merkel e será para nós uma grande honra fazer a entrega à presidência eslovena dentro de seis meses. Até lá, temos seis meses de intenso trabalho”, concluiu António Costa.

Não haverá uma retoma económica sólida só com o programa de recuperação ou só com o quadro financeiro plurianual. Precisamos mesmo de uma vacina para eliminar a pandemia e para que essa retoma económica seja incontornável

A visita de Charles Michel a Lisboa envolveu uma reunião de trabalho com o primeiro-ministro, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e a secretária de Estado do Assuntos Europeus e, mais tarde, há uma deslocação ao Mosteiro dos Jerónimos, onde foi assinado o Tratado de Adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (1985).

O dia termina com um concerto no CCB, que começa às 18h30 e será transmitido pela RTP. O espetáculo, organizado no âmbito do centenário de Amália Rodrigues, junta orquestra e fado e conta com a atuação da Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida pela maestrina Joana Carneiro, e dos fadistas Carminho, Ana Moura, Sara Correia e Camané, bem como da guitarrista Marta Pereira da Costa.

No dia 14 e 15, Lisboa recebe a tradicional visita do colégio de comissários e, na semana seguinte, o primeiro-ministro vai apresentar o programa da presidência portuguesa ao Parlamento Europeu, em Bruxelas.

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