António Costa recusa-se a mexer no dossiê dos professores na próxima legislatura. Em declarações ao “Expresso”, o primeiro-ministro indicou que a alteração da carreira, do estatuto ou da avaliação dos docentes está fora do programa do Partido Socialista (PS) para as eleições de outubro.
“É um assunto bem encerrado”, garante o líder do executivo ao semanário, depois de encerrada a curta crise política. Na mesma linha, fontes próximas do primeiro-ministro disseram ao jornal que acham que nem a recuperação integral dos nove anos congelados seja tema nas negociações para uma próxima solução governativa: “Mesmo o eleitorado do Bloco de Esquerda e do PCP não o apoia”.
O texto final da comissão de Educação e Ciência, que previa a contagem integral dos nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos, foi rejeitado com os votos contra do PS, PSD e CDS-PP. Os dois partidos da oposição já tinham anunciado a decisão, depois de na semana passada terem votado na especialidade ao lado do PCP, BE e PEV, para aprovar a garantia de que o tempo de serviço dos professores seria recuperado na totalidade.
Há uma semana, António Costa tinha deixado claro que se o texto fosse aprovado o Governo apresentaria a demissão. “Entendi ser meu dever de lealdade institucional informar o Presidente da República e Presidente da Assembleia da República que a aprovação final global desta iniciativa parlamentar, forçará o Governo a apresentar a sua demissão”, garantiu o primeiro-ministro.
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