O primeiro-ministro considera que o Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda estão enganados ao acreditar que é suficiente cumprir uma norma do Orçamento do Estado de 2018 para que se contabilize as carreiras dos professores na totalidade.
“O Governo assinou com os sindicatos uma declaração de compromisso onde se propõe negociar para mitigar os efeitos do congelamento com três variáveis: o tempo, o calendário e o modo. Foi com base nesta declaração que dá execução à norma do OE que, com boa-fé, nos sentámos à mesa com os sindicatos”, afirma António Costa, em entrevista ao “Expresso”.
Quanto confrontado com o facto de os partidos que sustentam o Governo acharem que essa norma implica contar o tempo todo de descongelamento, o primeiro ministro confirmou que “acham” e defendeu que “estão errados”. “Podemos até não nos entender sobre a solução”, admite, em declarações ao semanário.
O líder do Executivo lembra que sugeriu o que pareceu justo, a consideração parcial do tempo de congelamento [dois anos, nove meses e 18 dias], mas os sindicatos dos docentes não aceitam menos do que os tais nove anos, quatro meses e dois dias.
Os professores ameaçam com mais manifestações e greves. “Se o primeiro-ministro quer reunir connosco para nos dizer que os nove anos, quatro meses e dois dias não serão totalmente contabilizados, pode ter a certeza que vamos lutar até ao último pingo de suor por aquilo que é justo”, avisa Mário Nogueira, da Fenprof, ao mesmo jornal.
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