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‘App’ financeira francesa Lydia inicia expansão internacional com escritório em Lisboa

Carlota Meirelles, ‘country manager’ da Lydia Portugal, diz que pretende acompanhar os utilizadores portugueses “diariamente em todos os pagamentos”. Aplicação mostra, em tempo real, todos os movimentos da conta e não cobra taxas nem comissões por pagamentos ou levantamentos no estrangeiro.
  • Lydia Hub PT
11 Novembro 2020, 18h12

A aplicação financeira nascida em França, Lydia, presente no mercado português desde 2017, abriu uma escritório em Lisboa, o que marcou o primeiro passo da sua expansão internacional.

A Lydia — nome escolhido em homenagem à primeira moeda mundo, a Lidia — criada por dois franceses em 2013, Cyril Chiche e Antoine Porte, surgiu como alternativa aos canais informáticos de homebanking, que ambos consideravam complicadas e visualmente monótonas.

Para liderar a equipa portuguesa, a Lydia escolheu Carlota Meirelles, licenciada em arquitectura pelo IST e com um mestrado em Art Markets do ISCTE. A country manager da Lydia Portugal conta com um experiências profissionais em Nova Iorque e Tóquio, tendo voltado a Portugal em janeiro de 2016 onde esteve na EDP até 2019, passando depois pela Schréder Hyperion, até 2020.

Carlota Meirelles, desde agosto deste ano, a líder da Lydia Portugal, diz que a app a impressionou pela “simplicidade e eficiência de todo o serviço de pagamento”.

“Antes usava uma app para pagar aos meus amigos e outra para viajar, um cartão de crédito para pagamentos online, e, nunca tinha usado contactless no meu telemóvel – agora faço tudo na mesma aplicação, e em segundos”, afirma a responsável, citada em comunicado, adiantando que a Lydia pretende dar a mesma experiência de utilizador que o Spotify ou a Netflix oferecem.

A Lydia está no mercado com dois planos. Além do plano gratuito, que tem um limite de utilização, existe ainda o Lydia Blue, que custa 4,90 euros por mês, ainda que seja também gratuito para utilizadores com menos de 25 anos. Em ambos os planos, não existem taxas nem comissões para pagamentos ou levantamentos no estrangeiro.

A adesão é imediata e dura menos de dois minutos. O utilizador deve descarregar a aplicação (disponível na App Store, Play Store e Huawei App Gallery) e inserir alguns dados básicos, tais como o e-mail, escolher palavra-passe e um número de telefone que confirme a identidade do utilizador.

Os utilizadores vão ter acesso, em tempo real, ao extrato, histórico de transações, transferências e ainda poderão abrir uma conta bancária e receber um cartão Visa.

A missão da equipa de Carlota Meirelles, composta ainda por Frederico Adão da Fonseca que assegura o cargo de business developer, e por Carlota Gorriz, responsável pela área de brand activation, é de “acompanhar os nossos utilizadores portugueses, diariamente, em todos os seus pagamentos”.

A Lydia Portugal está em processo de recrutamento, estando à procura de um community manager. Segundo apurou o Jornal Económico, a Lydia Portugal tem prevista crescer até seis pessoas.

Com mais de quatro milhões de utilizadores, a app está ainda presente em França, na Bélgica, em Itália e em Espanha, e tem investidores como a Tencent, XAnge, New Alpha, CNP Assurances, que já investiram mais de 60 milhões de euros na empresa.

A Lydia é protegida pela Autoridade Bancária Europeia (da sigla inglesa, EBA), sendo que todos os clientes, assim como os seus fundos, estão protegidos pela regulação Europeia.

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