Pertence ao board da Uber e tem sido apontada com uma das melhores amigas do ex-CEO, Travis Kalanick. Arianna Huffington, de 66 anos, é uma das mulheres mais poderosas na direção da firma e a sua proximidade ao antigo presidente foi apontada como crucial para a sucessão de acontecimentos nas últimas semanas. A empresária terá sido responsável pelos conselhos dados ao presidente demissionário, após a sua saída e durante todo o processo de decisão.
Em entrevista ao Financial Times, publicada esta terça-feira (4), Arianna Huffington contou como apoiou Travis Kalanick e que características deverá ter o novo líder. “Senti que nem ele nem a empresa deviam passar por uma luta pública prolongada. Mas foi inteiramente decisão sua”, esclareceu ao diário britânico.
O braço-direito do ex-presidente-executivo considera que a escolha do novo dirigente tem de refletir o futuro da empresa. Ao jornal londrino, Arianna Huffington afirmou que seria importante que o novo CEO tivesse um espírito empreendedor e soubesse reconhecer que Uber se encontra numa fase diferente em termos estruturais.
“O objetivo não deve ser apenas para reconstituir a Uber, mas para reparar a cultura sistémica de Silicon Valley. Caso contrário, todos os anos vamos produzir novos relatórios a perguntar por que é que as mulheres não estão a avançar?”, frisou, na mesma entrevista, a mulher que o The New York Times escreveu ter sido responsável por fazer “mais do que qualquer outra pessoa para inventar o negócio de notícias da Internet”.
Um sócio contactado pelo FT concordou com o escudo que Arianna foi no momento da demissão. “Se Travis lutasse contra os investidores, teria havido uma guerra civil, e ela ajudou a evitar isso”, explicou a fonte.
O CEO da plataforma de transporte de passageiros, Travis Kalanick, demitiu-se do cargo de presidente-executivo da empresa, no final do mês passado, na sequência de várias pressões dos investidores. A renúncia aconteceu depois de uma longa investigação do ex-procurador-geral dos Estados Unidos da América Eric Holder, que foi contratado pela Uber para analisar a sua cultura e comportamentos no local de trabalho, assim que uma antiga empregada acusou publicamente a empresa de assédio sexual e discriminação.
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