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As novas propostas anti-imigração de Trump: um muro, mais policias e a expulsão de menores

Entre as medidas que o republicano quer fazer avançar estão ainda a construção “completa” do muro na fronteira com o México e um sistema de concessão de vistos assente no mérito individual, o que está a indignar a ala democrata no Congresso.
9 Outubro 2017, 11h46

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou este domingo a sua proposta de reforma migratória ao Congresso norte-americano, tendo provocado logo a apreensão dos democratas. Entre as medidas que o republicano quer fazer avançar estão a construção “completa” do muro na fronteira com o México e um sistema de concessão de vistos assente no mérito individual, deixando menores que entrem nos Estados Unidos fora do programa de proteção da deportação.

O plano de Donald Trump, de acordo com a agência de notícias Reuters, prevê um aumento da segurança na fronteira entre os Estados Unidos e o México, com a contratação de mais 10.000 agentes para o gabinete de controlo de imigração e de 300 fiscais federais. Além do reforço policial, o presidente norte-americano quer avançar também com tão aclamado muro “grande e lindo” que tanto prometeu durante a sua campanha às presidenciais de 8 de novembro. Desta vez, o presidente propõe não uma construção parcial, mas sim “completa” do muro.

Donald Trump quer ainda terminar com o “abuso” do sistema de concessão de asilo e aumentar os custos dos vistos para entrar nos Estados Unidos. Todos os membros de gangues ou suspeitos estrangeiros de práticas de crimes no país enfrentarão um sistema mais “ágil” de deportação do país e as “cidades santuárias” que servem de refúgio para imigrantes ilegais vão receber um corte de subsídios federais. Ao mesmo tempo será posto em prática um sistema de verificação eletronónica, o E-Verify, por causa dos imigrantes ilegais.

A proposta inclui ainda o “ágil” retorno de menores que chegam sozinhos aos Estados Unidos, na sua maioria da América Central. O presidente dos Estados Unidos quer que dentro de seis meses o Congresso apresente um esboço para substituir o programa de Ação Diferida para Ingressos Infantis (DACA), também conhecido como lei DREAM, a que Donald Trump pôs fim no mês passado.

O programa iniciado pelo antigo Presidente Barack Obama tinha como objetivo garantir a proteção de milhares de jovens da deportação e permitir que continuassem a trabalhar legalmente em solo norte-americano. Agora também os menores correm o risco de serem deportados, o que está a indignar os congressistas democratas.

“Nós dissemos ao presidente na reunião que tivemos que estávamos abertos para medidas razoáveis de segurança da fronteira em conjunto com a Lei DREAM, mas esta lista vai muito além do que é razoável”, escrevem os dois principais líderes dos democratas do Congresso, Chuck Schumer e Nancy Pelosi, numa declaração conjunta.

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