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Associação fala em “tempestade perfeita” para a restauração com a subida dos juros e inflação

O aumento dos preços dos combustíveis e da energia já está a ter um forte impacto nos custos de produção e de distribuição, com reflexos no aumento dos custos das matérias-primas, alerta a AHRESP. Vem aí a ‘tempestade perfeita’ e a associação pede ao Governo que venha a tomar posse um plano de ação.
21 Fevereiro 2022, 11h56

“Os aumentos sucessivos dos preços dos combustíveis e de energia, que já estão a provocar um brutal aumento da inflação das matérias-primas e a previsão da subida das taxas de juro são a ‘tempestade perfeita’ para as empresas da restauração, similares e do alojamento turístico, alerta a AHRESP – Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.

A associação apela ao Governo um plano de ação para apoiar as empresas destes setores.

Em comunicado a associação é taxativa: “o aumento galopante dos preços dos combustíveis e da energia, o aumento dos custos das matérias-primas, sobretudo alimentares, e o possível incremento das taxas de juro são os ingredientes que vão dar origem a uma tempestade devastadora com consequências imprevisíveis para as empresas da restauração, similares e do alojamento turístico”.

As consequências estão à vista. A inflação aumentou sucessivamente desde julho de 2021, e em janeiro de 2022 registou-se a maior taxa de variação no Índice de Preços ao Consumidor (3,3% a nível global e 3,7% na classe dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas), a mais elevada desde fevereiro de 2012.

“A este contexto económico desfavorável acrescenta-se a pressão, que já se faz sentir, para a subida das taxas de juro, o que, a ocorrer no curto prazo, terá um impacto arrasador nas nossas empresas, que não terão qualquer capacidade de cumprir”, avisa a associação que conclui que “todos estes ingredientes explosivos podem conduzir as empresas e a economia nacional para uma tempestade perfeita, colocando em causa a viabilidade dos negócios e o emprego”.

A AHRESP defende que “após dois anos de crise pandémica e restrições ao funcionamento, é prioritário o reforço da competitividade das empresas da restauração, similares e do alojamento turístico, com especial destaque para o fortalecimento dos capitais próprios, das tesourarias e da confiança dos consumidores”.

No momento em que poderá iniciar-se mais um período de época alta, é urgente que as nossas atividades económicas tenham condições para contribuir para o aumento riqueza nacional e do emprego, o que só pode acontecer se não houver destruição do tecido empresarial português, a associação pede ao Executivo que ainda não tomou posse “um plano de ação que permita apoiar as empresas nesta fase crítica de saída de uma pandemia, que foi assoladora para toda a economia nacional”, refere a associação liderada por Mário Pereira Gonçalves.

 

 

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