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Atividade industrial na zona euro cresce a um ritmo mais lento em agosto

O indicador calculado pela IHS Markit aponta para um crescimento mais lento do que em julho, sobretudo dadas as restrições no abastecimento e a forte procura que se tem verificado em vários sectores.
1 Setembro 2021, 18h11

O índice de gestores de compras (PMI) para a indústria da zona euro foi de 61,4 em agosto, uma ligeira queda em relação ao resultado de julho, mas ainda refletindo a expectativa de crescimento do volume de negócios e da atividade económica.

O indicador calculado pela IHS Markit recuou em relação aos 62,8 registados em julho, mas reflete ainda melhorias nos vários segmentos analisados nos questionários enviados a cerca de 3 mil empresas industriais. O ritmo de crescimento da produção industrial, segundo o indicador, foi o mais baixo em seis meses, apesar de continuar a mostrar um cenário de expansão clara e acima da média histórica.

A economia europeia teve uma prestação particularmente assinalável na frente exportadora, dado o aumento da procura externa em relação à zona euro. No entanto, o crescimento de agosto na procura por exportações oriundas da zona euro foi mais tímido do que no mês anterior.

Por outro lado, o aumento de procura leva a mais constrangimentos no lado do fornecimento, o que contribui igualmente para a manutenção de pressões inflacionárias no bloco da moeda única. Apesar disto, os dados mais recentes mostram o primeiro abrandamento no crescimento dos preços nos bens intermédios desde agosto do ano passado, sendo que a inflação no consumidor também abrandou pela primeira vez desde janeiro.

Olhando para cada economia analisada individualmente, o destaque é para a Grécia, que registou máximos de 21 anos ao atingir os 59,3. Também Itália e Espanha, com 60,9 e 59,5, respetivamente, mostraram acelerações consideráveis.

Ainda assim, a mais forte melhoria nas condições económicas registou-se nos Países Baixos, onde o PMI para a indústria se situou nos 65,8. Este valor é, contudo, um mínimo de cinco meses para a economia holandesa. A Irlanda, Alemanha, Áustria e França registaram também mínimos neste indicador (de quatro meses no caso irlandês e seis nos restantes), ainda que os valores apurados para os seus PMI mostrem uma economia em claro crescimento.

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