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Audição de António Domingues a 18 de julho

Em reunião foi decidido prolongar por três meses os trabalhos da segunda comissão de inquérito à CGD, que terminaria a 11 de julho. No entanto, questionados pela Lusa, tanto o presidente da Comissão, Aguiar Branco, como o relator, o socialista Luís Testa, admitem que possa ser possível terminar os trabalhos até ao final de julho.
  • Foto: Cristina Bernardo
5 Julho 2017, 19h56

A segunda comissão parlamentar de inquérito sobre a Caixa Geral de Depósitos (CGD) aprovou hoje a prorrogação do seu prazo de funcionamento por 90 dias, mas os trabalhos podem ainda ficar concluídos na atual sessão legislativa, avança a Lusa.

Hoje em reunião foi decidido prolongar por três meses os trabalhos da segunda comissão de inquérito à CGD, que terminaria a 11 de julho e tem ainda uma audição para realizar marcada para dia 18 ao anterior presidente da CGD, António Domingues, que será ouvido pela segunda vez. Por essa razão e para que haja tempo para a elaboração do relatório foi aprovada a prorrogação do prazo por três meses.

No entanto, questionados pela Lusa, tanto o presidente da Comissão, o social-democrata José Aguiar Branco, como o relator, o socialista Luís Testa, admitem que possa ser possível terminar os trabalhos até ao final de julho.

O PSD justificou o pedido de nova audição do ex-presidente do banco público “face às manifestas contradições entre os depoimentos do doutor António Domingues e dos membros do Governo” ouvidos na Comissão.

O ministro das Finanças, Mário Centeno, e o secretário de Estado adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, foram os únicos membros do Governo ouvidos na comissão que tem por objeto apurar a atuação do atual Governo na nomeação, gestão e demissão da anterior administração da CGD.

O BE já enviou, como acordado na última reunião, um requerimento a formular perguntas por escrito à consultora McKinsey, que apoiou António Domingues nas negociações com Bruxelas ainda antes de assumir o cargo, tendo abdicado dos pedidos anteriormente entregues para que fossem ouvidos pela comissão Elsa Roncon, ex-diretora-geral do Tesouro e Finanças, e Francisco Sá Carneiro, advogado da CS Associados.

O BE colocou uma dúzia de perguntas à consultora, nomeadamente por quem foi “abordada” para trabalhar para a CGD no âmbito do projeto de recapitalização, em que data e quem moldes.

“Quem contratou, efetivamente, a McKinsey? O Dr. António Domingues, o Ministério das Finanças ou a Caixa Geral de Depósitos?”, questionam os bloquistas, que querem ainda saber se o procedimento respeitou o previsto “no código de contratação pública”.

O requerimento questiona ainda o custo da consultadoria, em que consistia e a quem foi imputado esse custo, bem como pormenores relativos a uma lista de serviços de assessoria aprovados e pagos que a CGD enviou à Comissão.

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