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Ministro reafirma que este não é o momento para mexer no Acordo Ortográfico

Augusto santos Silva esclareceu que admite mudanças ao documento mas admite que, neste momento, essa questão não se coloca. “Cada coisa a seu tempo”, disse.
9 Fevereiro 2017, 11h52

Em entrevista à TSF, esta quinta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que existem “sugestões de aperfeiçoamento” do Acordo Ortográfico atualmente em vigor. No entanto, as mudanças ainda não serão postas em prática, tendo em conta que “é preciso que os especialistas as discutam”.

“Haverá um momento em que nós procuraremos colocar a questão de se este Acordo Ortográfico poderá ser ou não melhorado”, adiantou Augusto Santos Silva à rádio. “Isto tem uma lógica. Há um acordo, nós subescrevemos o acordo – aliás, a Academia das Ciências foi das principais instituições que participou na elaboração –, está em vigor em Portugal e no Brasil e em ratificação noutros países. Por isso, cada coisa a seu tempo”, sublinhou o responsável pela diplomacia do país.

Recentemente, Manuel Alegre criticou a posição do ministro de recusar a revisão sobre o Acordo Ortográfico. “O ministro dos Negócios Estrangeiros diz que rejeita a revisão do acordo ortográfico. E eu rejeito essa forma de rejeição, porque a considero autoritária, arrogante, dogmática e deselegante para com a Academia das Ciências”, disse o histórico socialista ao jornal “Público”.

A Academia das Ciências de Lisboa aprovou, na semana passada, com 18 votos a favor e cinco contra, o documento “Sugestões para o aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa”, da lexicógrafa Ana Salgado.

A caminho de Angola

O ministro dos Negócios Estrangeiros inicia esta sexta-feira uma visita oficial a Angola, com a duração de três dias. O governante vai reunir-se com empresários portugueses em Luanda e refere que muitos deles, designadamente no setor da construção civil e obras públicas, foram “vítimas das dificuldades por que Angola passou” e “da conjugação no tempo das enormes dificuldades” por que os dois países passaram.

Augusto Santos Silva considera que a recuperação verificada em Portugal e em Angola permite afirmar que o “pior” dessas dificuldades terá passado, porém, aconselha ao acompanhamento constante.

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