No dia em que Reino Unido se prepara para reavaliar a lista de destinos turísticos para onde os britânicos podem viajar sem necessidade de fazer quarentena no regresso, a chamada “lista verde”, a imprensa britânica avança que Portugal poderá estar em risco de ser excluído.
De acordo com o “The Telegraph“, esta quinta-feira, depois de ter sido integrado na lista a 17 de maio, o Governo britânico poderá recuar na decisão, impondo uma quarentena de 10 dias e um teste negativo à chegada. O motivo? O aumento da incidência no país.
Os dados da Direção-Geral de Saúde (DGS), desta quarta-feira, colocavam Portugal na “zona amarela” da matriz de risco. Ou seja, o indicador do risco de transmissibilidade (ou Rt) passou para 1,07 no país (1,08 no continente) e a incidência passou para os 66,4 casos de infeção (por 100 mil habitantes), contra a anterior leitura que era de 63,3 casos.
A decisão poderá traduzir-se num golpe para o sector da restauração e hotelaria na região do Algarve, uma vez que, desde a admissão de Portugal na “lista verde” do Reino Unido registou-se um aumento no número de voos e reservas em hotéis a nível nacional.
O próprio primeiro-ministro, Boris Johnson também avisou que não estará para meias medidas: “Quero que saibam que não vamos hesitar na hora de fazer alterações e transferir países da lista verde para a vermelha, se tivermos necessidade disso”. Ainda que o governo queira que “as pessoas possam continuar a viajar”, há a necessidade de manter a “prudência”, acrescentou, citado por vários meios de comunicação britânicos. “A prioridade é prosseguir com a vacinação para proteger a população britânica.”
Portugal foi incluído na designada “lista verde” a 17 de maio, tendo os turistas britânicos começado a viajar para o país sem necessidade de fazer quarentena no regresso a partir do dia 17 do mês passado. Outros países foram incluídos na lista na mesma ocasião, como Israel, Gibraltar, Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Brunei, Islândia, ilhas Faroe e Malvinas. Na Europa, ficaram de fora, por exemplo, França, Grécia e Itália.
Está em vigor no país um sistema de “semáforo”, com três cores diferentes em função do grau de risco do país de origem. Cada cor (verde, âmbar e vermelha) corresponde a regras específicas quanto ao número de testes necessários ou à necessidade de quarentena – ao regressarem ao país no caso dos turistas britânicos. Portugal está neste momento na “lista verde” de destinos do Reino Unido, não sendo necessário isolamento ao regressar.
A lista é atualizada a cada três semanas, esperando-se uma próxima revisão já esta quinta-feira. Apesar do aviso, Boris Johnson afirmou que os dados epidemiológicos não apontam, até ao momento, para a necessidade de voltar atrás nas medidas de desconfinamento que estão em vigor no país.
De acordo com os media britânicos, há a expectativa de que algumas ilhas gregas possam ser adicionadas à “lista verde”, assim como Malta, Finlândia, Antígua (ilha no mar do Caribe) e Grenada. Ao mesmo tempo, receia-se que alguns países do sudeste asiático, como Malásia, Tailândia, Vietname, Camboja e Indonésia possam ser acrescentados à “lista vermelha”, que obriga os turistas britânicos a fazer quarentena por um período de dez dias no regresso ao país.
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