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Aumento da incidência coloca Portugal em risco de sair da ‘lista verde’ do Reino Unido

Menos de um mês depois de Portugal ter sido admitido na lista de países seguros para viajar, Portugal está agora em risco de sair. Aumento da incidência preocupa autoridades britânicas tendo o primeiro-ministro Boris Johnson anunciado que “não hesitará” em remover destinos turísticos da “lista verde”.
3 Junho 2021, 09h49

No dia em que Reino Unido se prepara para reavaliar a lista de destinos turísticos para onde os britânicos podem viajar sem necessidade de fazer quarentena no regresso, a chamada “lista verde”, a imprensa britânica avança que Portugal poderá estar em risco de ser excluído.

De acordo com o “The Telegraph“, esta quinta-feira, depois de ter sido integrado na lista a 17 de maio, o Governo britânico poderá recuar na decisão, impondo uma quarentena de 10 dias e um teste negativo à chegada. O motivo? O aumento da incidência no país.

Os dados da Direção-Geral de Saúde (DGS), desta quarta-feira, colocavam Portugal na “zona amarela” da matriz de risco. Ou seja, o indicador do risco de transmissibilidade (ou Rt) passou para 1,07 no país (1,08 no continente) e a incidência passou para os 66,4 casos de infeção (por 100 mil habitantes), contra a anterior leitura que era de 63,3 casos.

A decisão poderá traduzir-se num golpe para o sector da restauração e hotelaria na região do Algarve, uma vez que, desde a admissão de Portugal na “lista verde” do Reino Unido registou-se um aumento no número de voos e reservas em hotéis a nível nacional.

O próprio primeiro-ministro, Boris Johnson também avisou que não estará para meias medidas: “Quero que saibam que não vamos hesitar na hora de fazer alterações e transferir países da lista verde para a vermelha, se tivermos necessidade disso”. Ainda que o governo queira que “as pessoas possam continuar a viajar”, há a necessidade de manter a “prudência”, acrescentou, citado por vários meios de comunicação britânicos. “A prioridade é prosseguir com a vacinação para proteger a população britânica.”

Portugal foi incluído na designada “lista verde” a 17 de maio, tendo os turistas britânicos começado a viajar para o país sem necessidade de fazer quarentena no regresso a partir do dia 17 do mês passado. Outros países foram incluídos na lista na mesma ocasião, como Israel, Gibraltar, Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Brunei, Islândia, ilhas Faroe e Malvinas. Na Europa, ficaram de fora, por exemplo, França, Grécia e Itália.

Está em vigor no país um sistema de “semáforo”, com três cores diferentes em função do grau de risco do país de origem. Cada cor (verde, âmbar e vermelha) corresponde a regras específicas quanto ao número de testes necessários ou à necessidade de quarentena – ao regressarem ao país no caso dos turistas britânicos. Portugal está neste momento na “lista verde” de destinos do Reino Unido, não sendo necessário isolamento ao regressar.

A lista é atualizada a cada três semanas, esperando-se uma próxima revisão já esta quinta-feira. Apesar do aviso, Boris Johnson afirmou que os dados epidemiológicos não apontam, até ao momento, para a necessidade de voltar atrás nas medidas de desconfinamento que estão em vigor no país.

De acordo com os media britânicos, há a expectativa de que algumas ilhas gregas possam ser adicionadas à “lista verde”, assim como Malta, Finlândia, Antígua (ilha no mar do Caribe) e Grenada. Ao mesmo tempo, receia-se que alguns países do sudeste asiático, como Malásia, Tailândia, Vietname, Camboja e Indonésia possam ser acrescentados à “lista vermelha”, que obriga os turistas britânicos a fazer quarentena por um período de dez dias no regresso ao país.

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