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Autárquicas: CDS-PP diz que Carlos Moedas é “um nome forte” para lidar “coligação de centro-direita” em Lisboa

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, acredita que o ex-comissário europeu é “capaz de libertar os lisboetas do socialismo e oferecer à cidade uma mudança para o futuro”, impedindo uma nova vitória do PS nas eleições deste ano.
26 Fevereiro 2021, 19h15

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, saudou esta sexta-feira a disponibilidade do ex-comissário europeu Carlos Moedas para concorrer pela coligação PSD/CDS à Câmara de Lisboa. O líder democrata-cristão referiu que Carlos Moedas é “um nome forte” para lidar “uma coligação ganhadora de centro-direita” em Lisboa e recebeu a notícia da sua disponibilidade com “grande alegria e entusiasmo”.

“O CDS congratula-se com a disponibilidade de Carlos Moedas para se candidatar à Câmara Municipal de Lisboa. É uma notícia que recebemos com grande alegria e entusiasmo”, referiu Francisco Rodrigues dos Santos, após ter estado reunido com Carlos Moedas durante mais de uma hora, na sede do CDS-PP, em Lisboa.

Francisco Rodrigues dos Santos assumiu a vontade de “trabalhar num projeto mobilizador” de centro-direita que seja “capaz de libertar os lisboetas do socialismo e oferecer à cidade uma mudança para o futuro” e reiterou que Carlos Moedas é “um nome forte” para construir um “projeto autárquico vencedor que dê aos lisboetas e ao país uma verdadeira alternativa ao socialista”.

“O PS não pode ganhar outra vez as eleições autárquicas em 2021. (…) Sabemos que o contributo do CDS em Lisboa é decisivo para a construção de uma alternativa de centro-direita como de resto a história da cidade, desde o engenheiro Krus Abecassis sempre o demonstrou. Por isso, com Carlos Moedas, vamos a isso”, frisou.

A escolha do ex-comissário europeu para concorrer pela coligação PSD/CDS à Câmara de Lisboa foi anunciada esta quinta-feira pelo presidente do PSD, Rui Rio, após uma reunião onde não esteve presente nenhum membro do CDS-PP. Rui Rio garantiu, no entanto, que “a vontade comum” ao PSD e ao CDS-PP que Carlos Moedas seja candidato pela coligação a Lisboa, ao abrigo do acordo-quadro que têm para as autárquicas.

Logo após o anúncio, o líder do CDS-PP fez saber, em comunicado, que este constituía “o primeiro passo para que haja uma coligação de centro-direita para a capital que, naturalmente, carece de ser aprofundada pelas direções dos dois partidos”. “É um nome forte que reuniu sólido consenso entre direções do CDS e do PSD em reuniões mantidas sobre a estratégia para as próximas eleições autárquicas”, disse.

Com um percurso profissional na área financeira e investimentos, foi secretário de Estado ajunto de Pedro Passos Coelho, coordenando a estrutura de ligação com a troika, a ESAME. Em 2014, foi nomeado comissário europeu da Investigação, Inovação e Ciência, gerindo um dos maiores programas de ciência e inovação do mundo, no valor de 77 mil milhões de euros. É atualmente administrador da Fundação Gulbenkian.

Acordo-quadro com PSD assinado “nas próximas semanas”

O presidente do CDS-PP adiantou também que o acordo-quadro que está a ser negociado com o PSD para as eleições autárquicas, será assinado “nos próximos dias”, o que “dará respaldo a que a partir daí se possam celebrar e formalizar uma série de coligações de norte a sul e ilhas”. Abriu ainda a porta à possibilidade de o acordo vir a incluir o Iniciativa Liberal, sublinhando que “todos os votos são bem-vindos”.

“Estamos agora a dar os primeiros passos para que a formalização das candidaturas aconteça e vamos trabalhar criando plataformas de entendimento quanto aos programas e escolha e repartição dos protagonistas para criarmos projetos sólidos e capazes de derrotar o socialismo no maior número de câmaras possível”, revelou.

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