A primeira ilação que retiro das eleições em Espanha é a da necessidade dos sociais-democratas portugueses serem absolutamente claros quanto às alianças que irão ou não fazer após, ou antes, das eleições.
Basicamente, continuamos com as mesmas preocupações na escolha (errada) de líderes que influenciam a vida de milhões de pessoas, como já o fazíamos na Grécia e Roma antigas.
Os portugueses perceberam que a irresponsabilidade política, agravada pela corrupção, imperam. Cada vez esperam menos dos partidos e do Estado. É um desastre para a confiança na democracia, no Estado democrático.
O PSD ainda não lutou por criar as condições para uma alternativa eleitoral, parlamentar e de governo credível, possível, ganhadora, com verdadeiro potencial: PSD, IL e CDS.
A meu ver, os dados foram lançados por Cavaco. As hostes do PSD têm de se apressar e construir uma sólida comunicação baseada na ideia de que o PSD tem as pessoas, o conhecimento, a experiência e o projeto para arrancar o país do marasmo.