Foram os Estados Unidos que ao longo dos últimos 75 anos se têm esforçado por dotar o mundo de uma certa ordem internacional, enquadrada por um conjunto de tratados e organizações que, apesar de imperfeitas, estabeleceram regras que guiaram as relações entre os países e, porque não dizê-lo, tentaram fazer da liberdade, dos direitos humanos, […]

O mais triste é constatar que, por detrás de cada falência, por detrás de cada resgate existe, quase sempre, uma falência superior, uma falência moral. O Novo Banco não é exceção.

O tempo da vantagem, aquela em que bastava sermos nós próprios, acabou. Quando é preciso sentar-se, planear, precipitamo-nos, improvisamos e achamos que sabemos mais que os outros.

António Vieira, ao falar em favor dos índios brasileiros e ao pugnar por um tratamento mais digno dos escravos, apenas sublinha que a consciência moral não tem data.

A ordem internacional em que vivemos nos últimos 70 anos assiste aos seus últimos dias e o vírus também já atingiu a Europa. A pandemia nada mais é que um pretexto para aquilo que já se vinha desenhando.

Defendo a continuação da gestão profissional da TAP, sem prejuízo de a retirar aos seus atuais e, no mínimo, duvidosos gestores, mas evitando a todo o custo o regresso a um modelo de propriedade do Estado.