Os temas para as legislativas que se avizinham não são novos, já todos ouvimos os problemas das carreiras dos professores, as faltas de efetivos na saúde, a crise da habitação que persiste sem solução à vista, as pensões e o novo aeroporto de Lisboa.

No que diz respeito ao povo, existe algum distanciamento em relação à nova realidade em que vivemos. O aumento das taxas de juro e a forte presença da inflação são difíceis de lidar, e estes são ainda inflamados por uma carga fiscal avassaladora.

Esta é a triste realidade de um país, que à semelhança dos seus congéneres europeus, sofre fortemente da falta de oferta de habitação e ainda é assolado pela inflação. Ironicamente, a conjuntura internacional e nacional combinada formam uma receita para a desgraça no sector imobiliário e da construção, mas também, como não poderia deixar de ser, afecta o Zé povinho. 

Para sairmos da amarra económica em que nos encontramos, necessitamos de redirecionar fundos para o sector industrial (e agrícola) e lentamente reduzir o peso do sector terciário e não transacionável no total do PIB nacional.

Na verdade, o governo regional já nem tenta esconder a sua deriva populista, desde a colagem ao CHEGA, até ao acusar os jovens de estarem desempregados por opção e acabaram com tabelamento de preços. À primeira vista, é difícil acreditar, mas no fim do dia, é esta a gente que nos governa — já deveríamos estar acostumados.