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Balas que mataram Marielle Franco são da Polícia Federal de Brasília

As munições utilizadas no ataque de anteontem que matou Marielle Franco e o seu motorista, no Rio de Janeiro, Brasil, pertencem a uma série de lotes adquiridos pela Polícia Federal de Brasília em 2006. Atacantes dispararam 13 vezes, a menos de dois metros de distância do automóvel.
16 Março 2018, 17h16

Na noite de quarta-feira, 14 de março, a vereadora e ativista dos direitos humanos Marielle Franco estava no interior de um automóvel quando foi atacada. Nas imediações da Prefeitura do Rio de Janeiro, um outro automóvel aproximou-se e, a menos de dois metros de distância, foram disparados 13 tiros a partir de uma pistola de nove milímetros. Cinco desses tiros atingiram a cabeça de Franco que morreu imediatamente, tal como o seu motorista Anderson Pedro Gomes. No interior do automóvel de Franco estavam também uma assessora que foi atingida por estilhaços mas sobreviveu.

De acordo com a perícia da Divisão de Homicídios brasileira, as munições utilizadas no ataque pertencem a uma série de lotes que foram adquiridos pela Polícia Federal de Brasília em 2006. “Agora, as polícias Civil e Federal vão iniciar um trabalho conjunto de rastreamento. A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a origem das munições e as circunstâncias envolvendo as cápsulas encontradas no local do crime”, informa a “Globo”.

Pouco tempo antes do ataque, Franco tinha participado no debate “Jovens Negras Movendo Estruturas”, organizado pelo PSOL na Casa das Pretas. “Segundo os investigadores, um carro com placa de Nova Iguaçu já estava parado à porta da Casa das Pretas, na Lapa, quando a vereadora chegou e estacionou. Nesse momento, um homem saiu do carro e falou ao telemóvel,” descreve a “Globo”. E cerca de duas horas depois, “Marielle foi embora no carro com uma assessora e o motorista. O veículo que estava estacionado no local também saiu, piscou o farol e seguiu o carro de Marielle. De acordo com a investigação, a meio do caminho, um segundo veículo entrou na perseguição. As imagens não foram divulgadas pela polícia”.

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