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Banco de Inglaterra sobe taxas de juro 50 pontos base para os 2,25%

O Banco de Inglaterra (BoE) anunciou esta quinta-feira a subida das taxas de juro em 50 pontos banse, alcançando o valor de 2,25%. Esta é a sétima subida consecutiva das taxas de juro por parte do banco central britânico este ano, quando a expetativa dos mercados financeiros era de que a escalada fosse maior.
22 Setembro 2022, 12h40

O Banco de Inglaterra (BoE) anunciou esta quinta-feira a subida das taxas de juro em 0,5%, colocando o valor no patamar dos 2,25%. A escalada em 50 pontos base é a sétima subida por parte do banco central britânico este ano. A decisão surge numa altura em que os bancos centrais ajustam as suas estratégias para fazer face à inflação e em que o Reino Unido encara uma moeda em queda.

A expetativa dos analistas é de que o BoE não se fique por aqui e que volte a anunciar uma subida das taxas de juro antes do fim do ano, numa altura em que a inflação no Reino Unido é cinco vezes maior (9,9%) do que a projeção do banco para 2022, que apontava para os 2%, e quando o quadro macroeconómico antecipa que a mesma continue a escalar.

De acordo com dados do Office for National Statistics (equivalente ao português INE) do início deste mês, a inflação no Reino Unido abrandou em agosto depois de, em julho, ter registado um aumento de dois dígitos pela primeira vez em mais de 40 anos.

Também a desvalorização da libra esterlina – que tombou para o seu valor mais baixo desde março de 1985 – tem sido apontada como um indicador de que o banco central iria ajustar novamente as taxas de juro.

Num comunicado divulgado esta manhã, o BoE justifica a decisão sobretudo com a subida do preço do gás natural mas clarifica que os travões impostos pelo governo britânico à escalada dos preços da energia no consumidor irão limitar novos aumentos. Contudo, o banco nota sinais, desde agosto, de uma “força continuada na inflação gerada domesticamente”. Quer isto dizer que não descarta por completo um novo ajuste nos próximos meses.

Dos membros do comité de política monetária, a maioria (cinco) votou a favor deste aumento de 50 pontos base enquanto que outros três votaram para uma subida em 75 pontos base – como esperavam analistas e investidores. Apenas um membro defendeu uma subida de 25 pontos base.

O banco diz ainda que não está num caminho pré-definido e que continuaria a avaliar os indicadores internos e externos para decidir a escala, ocasião e ritmo de futuras alterações às taxas de juro.

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