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Banco do Canadá surpreende e sobe taxas em 100 pontos base perante inflação “mais persistente”

O banco central canadiano reconheceu a pressão nos preços “mais elevada e persistente” do que o antecipado e alastrando-se a cada vez mais sectores da economia, pelo que optou por uma subida acima dos 75 pontos base antecipados pelo mercado.
13 Julho 2022, 16h31

O Banco do Canadá (BdC) anunciou esta quarta-feira que irá subir as taxas de juro diretoras em 1,0 ponto percentual, acelerando assim a normalização da política monetária e colocando a taxa de referência em 2,5%. O banco central cita uma inflação “mais elevada e mais persistente” como estando na base da decisão que surpreendeu os mercados e analistas, que apontavam para 75 pontos base (p.b.) de subida.

A subida em 100 p.b. foi a maior desde 1998, numa altura em que a inflação se encontra em valores de 1983, ao chegar a 7,9% em termos homólogos em maio. Os dados de junho serão publicados dia 20, na próxima semana.

A autoridade monetária canadiana explica que “as pressões domésticas nos preços decorrentes de um excesso de procura são cada vez mais evidentes”, sublinhando a abrangência do fenómeno e alertando para o risco acrescido que confere a subida das expectativas de inflação de famílias e empresas, que esperam agora uma tensão inflacionista “mais alta e durante mais tempo”.

“Se tal acontecer, o custo económico de recuperar a estabilidade de preços será maior”, expõe o BdC.

As previsões para a inflação na economia canadiana foram também revistas em alta, apontando agora para uma média de 8% nos próximos meses para o indicador. Apesar de se manterem confiantes na capacidade de evitar uma recessão, os membros do Conselho Governativo do banco avisam que são de esperar mais subidas, dada a persistência da inflação.

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