[weglot_switcher]

Barril de petróleo atinge máximos de mais de um ano

A expectativa de um acordo relativamente ao pacote de estímulos à economia norte-americana, juntamente com um dólar mais fraco nesta sessão de segunda-feira e a diminuição da ameaça de mais exportações iranianas motivaram a subida do ouro negro, que se aproxima de valores pré-pandemia.
8 Fevereiro 2021, 11h36

O petróleo atingiu esta segunda-feira o valor mais elevado em mais de um ano, ultrapassando a barreira dos 60 dólares (49,89 euros) numa altura em que a perspetiva de um pacote de estímulos à economia norte-americana anima os mercados e melhora as previsões para o futuro próximo.

O barril de brent negociava a 60,05 dólares (49,90 euros) às 09h43, hora de Lisboa, altura em que subia 1,2%, refere a Reuters. Também o crude, de cotação americana, se encontra em rota para quebrar máximos anuais em breve.

O Congresso poderá aprovar nos próximos dias um plano que envolve o pagamento direto de 1.400 dólares (1.163,49 euros) às famílias, bem como apoios reforçados às pequenas e médias empresas, numa tentativa de estimular a maior economia do mundo, que continua fortemente impactada pela crise da Covid-19.

Outro fator com forte influência nesta prestação é a estratégia de cortes de produção levada a cabo pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que tem visto grandes produtores, sobretudo a Arábia Saudita, reduzirem substancialmente o número de barris produzidos.

Adicionalmente, a queda generalizada do dólar esta segunda ajudou a este resultado, ao aumentar a procura suportada noutras divisas.

A dúvida em relação às exportações iranianas também parece ter acalmado, depois do novo presidente dos EUA, Joe Biden, ter garantido que as sanções ao gigante persa não seriam levantadas por estes acordarem em meramente retomar as negociações nucleares. Recorde-se que, apesar de membro da OPEP, o Irão tem sido excluído das principais decisões do grupo, com os sauditas a adotarem a política de pressão máxima que Trump instaurou sobre o país.

No entanto, o isolamento persa dentro da organização traduz-se em muito pouco compromisso com os cortes impostos pelos sauditas. Como tal, a possibilidade de uma retoma na produção iraniana poderá comprometer a recuperação do bem até níveis pré-pandémicos, aos quais se começa a aproximar.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.