[weglot_switcher]

BCP cai mais de 3% e EDPR mais de 2% e levam PSI para terreno negativo em linha com Europa

A praça lisboeta encerrou a sessão desta quarta-feira em baixa pressionada pelas perdas do BCP e da EDP Renováveis.
6 Abril 2022, 17h52

O índice da Bolsa de Lisboa desceu 0,82% para 6.066,82 pontos, com as ações do BCP a caírem 3,12% para 0,1614 euros. As ações da EDP Renováveis recuaram 2,34% para 24,19 euros. Os CTT também fechram em queda de 1,36% para 4,34 euros e a Mota-Engil voltou a cair 1,06% para 1,312 euros.

Dos quatro títulos que fecharam no verde, o destaque vai para a NOS que valorizou 1,52% para 3,87 euros. A Greenvolt voltou a subir nesta sessão (0,63% para 7,99 euros) e a EDP ganhou 0,48% para 4,64 euros. Em comunicado ao mercado a  EDP anunciou que vai pagar um dividendo bruto de 0,19 euros por ação a 28 de abril, no seguimento das deliberações aprovadas em assembleia-geral.

A subir fechou por fim a Sonae (0,39% para 1,0220 euros).

Na Europa as bolsas fecharam todas em terreno negativo. O analista da MTrader, Ramiro Loureiro, relata que as “bolsas tombam enquanto esperam por atas da Fed”.

“As praças europeias encerram em queda expressiva, pressionadas por fracos dados económicos, como o disparo dos preços nos produtores na zona euro, a contração nas encomendas às fábricas alemãs e a revelação de que a atividade nos serviços da China entrou em contração e de forma mais agravada que o esperado em março”, refere o analista de mercados do grupo BCP.

O EuroStoxx 50 tombou 2,38% para 3.824,69 pontos e o Stoxx 600 perdeu 1,59%.

O CAC 40 fechou a cair 2,21% para 6,.498,8 pontos; o DAX recuou 1,89% para 14.151,7 pontos; o FTSE MIB fechou a cair 2,06% para 24.447,4 pontos; o britânico FTSE 100 caiu 0,34% para 7.587,7 pontos; e o IBEX desceu 1,64% para 8.482,1 pontos.

O índice da Irlanda liderou as perdas na Europa ao recuar mais de 3%.

Nas empresas destaca para a Carlsberg que está em negociações para vender unidade na Rússia.

A subida das yields de dívida soberana foi outro dos fatores de pressão, “com os investidores a aguardarem pelas minutas da Fed, que serão divulgadas pelas 19 horas e onde se esperam detalhes adicionais sobre a redução de balanço do banco central norte-americano e sobre a opinião dos membros sobre o ritmo de aumento da taxa de juro”, diz Ramiro Loureiro na sua análise.

No universo Stoxx600 as quedas foram transversais a todos os setores, com os setores utilities e farmacêutico, considerados defensivos, a serem a exceção.

A nível macroeconómico registo para a queda sequencial de 2,2% em fevereiro das encomendas às fábricas alemãs causando pressão no panorama de crescimento da maior economia da Europa. O motivo foi a quebra da procura externa.

A destacar também o aumento homólogo de 31,6%  dos preços nos produtores na zona euro em fevereiro. Os custos de energia dispararam 87,2% em termos homólogos e isso justifica a subida dos preços.

O euro sobe 0,01% para 1,0906 dólares.

A dívida soberana europeia continua numa rota de subida imparável. A dívida alemã a 10 anos sobe 3,36 pontos base para 0,65%. Portugal, que hoje foi ao mercado emitir 3 mil milhões de dívida a 10 anos, vê os juros no mercado secundário subirem 5,44 pontos base para 1,56%. Espanha com juros em alta de 3,85 pontos base para 2,30% e Itália com juros a subirem 3,85 pontos base para 2,30%.

Os preços do petróleo inverteram a subida depois da Agência Internacional de Energia anunciar que planeia a distribuição de 60 milhões de barris de juntando-se assim à distribuição de até 180 milhões de barris que os EUA se dispuseram a libertar para o mercado nos próximos meses, ao ritmo médio de um milhão diário.

O Brent cai 2,63% para 103,84 dólares o barril e o crude West Texas recua 3,02% para 98,88 dólares.

“Os inventários do petróleo nos EUA subiram inesperadamente, enquanto que os inventários de gasolina caíram abruptamente. Houve também uma surpresa nos dados dos inventários de destilados, pois mostraram um grande aumento, contrariamente às expectativas do mercado”, destaca a XTB.

À hora de fecho das praças no velho continente do outro lado do Atlântico o índice Nasdaq 100 recuava mais de 2%.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.