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BCP dispara 5% e põe PSI a fechar no verde em linha com Europa. BCE animou mercados

O BCE mantém taxas de juro e quer terminar compras de ativos no 3.º trimestre e o resultado foi positivo para os mercados de capitais europeus. Dívidas soberanas não páram de subir com a crise da Rússia.
14 Abril 2022, 17h19

A Bolsa de Lisboa fechou a subir 0,75% para 6.127,20 pontos na última sessão antes da Páscoa. O BCP foi a estrela da sessão ao subir 5,33% para 0,1699 euros. A EDP Renováveis valorizou 1,89% para 23,13 euros. Destaque ainda para a valorização da EDP de 0,97% para 4,70 euros e da GreenVolt que também avançou 0,97% para 7,31 euros.

Também os CTT se destacam com uma subida de 0,92% para 4,38 euros e a NOS a avançar 0,88% para 4,11 euros.

Apenas quatro dos 15 títulos fecharam em queda. Aqui destaca-se o recuo da Jerónimo Martins de 1,81% para 20,64 euros. A Mota-Engil desceu 0,43% para 1,378 euros. Também a Galp corrigiu em baixa (-0,13%) para 11,94 euros. O quarto título que caiu foi a Corticeira Amorim que deslizou 0,10% para 9,98 euros.

“O velho continente vai em alta para fim de semana prolongado”, é o título da análise de Ramiro Loureiro, analista de mercados do Trader. “A generalidade dos principais índices de ações europeus encerrou em alta, na última sessão antes de um fim de semana prolongado, uma vez que as bolsas estarão encerradas amanhã (sexta-feira santa) e na próxima segunda-feira”, avança o analista.

De notar que Wall Street também não negoceia amanhã, regressando no dia 18.

“Hoje a paciência demonstrada pelo BCE no que respeita à política monetária parece ter animado os investidores no velho continente, pois haveria alguns receios de que o agravamento da inflação na Zona Euro com a guerra na Ucrânia pudesse levar o Banco Central Europeu a um discurso mais hawkish”, explica o analista do BCP.

O BCE mantém taxas de juro e quer terminar compras de ativos no 3.º trimestre. O Banco Central Europeu decidiu hoje deixar as taxas de juro inalteradas, com a principal taxa de refinanciamento a manter-se em 0%.

A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, afirmou hoje que os riscos de uma subida da inflação se intensificaram a curto prazo devido à guerra na Ucrânia.

O EuroStoxx 50 valorizou 0,70% para 3.854,62 pontos. O Stoxx 600 avançou 0,69%.

O FTSE 100 ganhou 0,47% para 7.616,4 pontos; o CAC 40 subiu 0,72% para 6.589,3 pontos; o DAX valorizou 0,62% para 14.163,8 pontos; o FTSE MIB fechou em alta de 0,57% para 24.862,3 pontos e o IBEX fechou a subir 0,94% para 8.699 pontos.

Só a Suécia, a Grécia e a Polónia fecharam em queda. Para além da Rússia que fechou em queda de quase 5%.

Nos EUA hoje foi dia de resultados dos bancos. O Morgan Stanley mostrou contas surpreendentes, o Citigrupo e o Goldman sachs beneficiaram dos resultados de trading para compensar o impacto da crise fruto das sanções à Rússia. O Wells Frago desiludiu em receitas.

Destaque ainda para a Porsche que anunciou uma queda das entregas no primeiro trimestre devido à evolução da pandemia na China, o maior mercado da Porsche.

Em termos macroeconómicos destaque para o FMI que vai rever em baixa crescimento económico global. O Fundo Monetário Internacional irá cortar as perspetivas de crescimento económico mundial para este ano e para 2023, nas próximas previsões, anunciou Kristalina Georgieva.

O euro cai 0,78% para 1,0803 dólares. Já no mercado dos futuros do petróleo, o Brent caiu 0,97% para 107,72 dólares. Nos EUA a queda do crude WTI vai em 1,27% para 102,93 dólares.

No mercado de dívida soberana, a Alemanha tem os juros a 10 anos em alta de 7,51 pontos base para 0,84%. Já Portugal vê os juros agravarem 6,87 pontos base para 1,83% e Espanha também com os juros a subirem 7,72 pontos base para 1,78%. Itália com os juros a 10 anos a escalarem 10,91% para 2,48%.

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