O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) vai organizar uma concentração de trabalhadores e reformados do Millennium bcp para reclamar a “b a atualização das tabelas”, segundo consta no comunicado no site da associação sindical, publicado esta quarta-feira.
A concentração terá lugar no próximo dia 22 de maio, data em que se realiza a assembleia geral do banco liderado por Miguel Maya. A concentração do SBSI junta-se, assim, à manifestação “de repúdio e contestação face à atual situação dos trabalhadores” convocada, esta segunda-feira, por outras três associações sindicais – o Sindicato dos Bancários do Norte (SBN), o Sindicado Nacional dos Quadros Técnicos Bancários (SNQTB) e o Sindicato Independente dos Bancários (SIB).
Estes três sindicatos vão exigir o pagamento imediato de aumentos relativos a 2018 para os trabalhadores no ativo, reformados e pensionistas. Vão também pedir a devolução “incondicional do valor total global acumulado com os cortes salariais de 2014 a 2017” e a revisão do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Estas estruturas sindicais alertam que o “impasse nas negociações para 2018” consiste numa “verdadeira recusa” do banco em negociar as condições dos trabalhadores do BCP, “um cenário agravado pelo facto de o ACT em vigor para o Grupo BCP ter sido publicado há mais de dois anos”, sem que tenha havido aumentos salariais. “Os trabalhadores do BCP, reformado e pensionistas” encontram-se sem atualizações das condições de trabalho desde 2010, alertam os sindicatos.
No caso do SBSI, “a concentração tem por objetivo a aprovação do plano de reembolso dos cortes salariais, a atualização das tabelas remuneratórias de trabalhadores, reformados e pensionistas e a valorização da negociação coletiva”, lê-se na convocatória.
“A concentração terá lugar no dia 22 frente ao Edifício 8 do Taguspark (a sede do BCP), pelas 13hoo”, explica o SBSI.
Na semana passada, durante a apresentação dos resultados trimestrais do banco, Miguel Maya, CEO do BCP, disse que a compensação de 12,6 milhões que será atribuída aos trabalhadores que tiveram cortes nos salários é “mais generosa” do que a remuneração acionista de 30 milhões.
Isto porque, enquanto a distribuição de dividendos corresponde a 10% dos lucros relativos ao exercício de 2018, a compensação àqueles trabalhadores corresponde a um terço do resultado líquido do mesmo período.
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