O Bloco de Esquerda (BE) pede ao Governo que coloque, no imediato, em circulação todas as carruagens à disposição para as linhas de comboio mais sobrelotadas, nomeadamente a Linha de Sintra e a Linha da Azambuja. A medida tem como objetivo garantir que não há sobrelotação das carruagens e assegurar a mobilidade dos passageiros “em condições que cumpram as normas de segurança e saúde pública exigíveis”.
Num projeto de resolução entregue na Assembleia da República, o BE indica que “um dos maiores desafios” na fase de desconfinamento é “a forma como se organizam os transportes públicos por forma a garantir a mobilidade da população em segurança”. Apesar de terem sido aprovadas medidas como o reforço das ações de limpeza e a redução do número máximo de passageiros por transporte, o BE diz que “nem tudo correu bem”.
“A supressão de oferta e a redução do número de carruagens em comboios levou a que durante o período de emergência fossem relatadas situações inaceitáveis de impossibilidade de cumprir o distanciamento físico exigido entre utentes”, alertam os bloquistas, para quem “os problemas começaram ainda durante o Estado de Emergência”.
Segundo o BE, apesar dos avisos da Direção Geral de Saúde (DGS) para o setor dos transportes, “há problemas que se mantêm e urgem ser resolvidos”. “Na Área Metropolitana de Lisboa movimentam-se milhares de pessoas diariamente. Se já havia problemas identificados na Linha de Sintra e na Linha da Azambuja, por exemplo, durante o Estado de Emergência, eles intensificaram-se desde que a fase de desconfinamento começou”, sublinha.
O partido liderado por Catarina Martins defende, por isso, que é necessário garantir, no imediato, que seja colocada toda a capacidade existente nas Linhas mais sobrelotadas, como Azambuja e Sintra, e assegurar que “o Governo e as autoridades de transporte (no caso, a Área Metropolitana de Lisboa) articulem opções complementares rodoviárias nos mesmos percursos, por forma a garantir que não há sobrelotação das carruagens”.
“Alertamos desde cedo para a necessidade de organizar muito bem a reabertura da economia porque isso teria, necessariamente, consequências para a mobilidade. E isso implicava que, antes dessa reabertura, se tivessem garantido condições de segurança e carruagens suficientes para atender às necessidades de mobilidade, bem como a necessária adaptação do funcionamento dos comboios”, acrescenta.
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