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Benfica impõe-se em Chaves

Golos de Mitroglou e Pizzi resolveram um jogo equilibrado em que os flavienses criaram muitas dificuldades aos tricampeões nacionais.
  • Michael Dalder/Reuters
24 Setembro 2016, 20h06

O Benfica foi a Chaves ganhar por 2-0, com golos de Mitroglou e Pizzi, em jogo relativo à 6ª jornada da Liga NOS. O resultado permitiu que Rui Vitória igualasse o máximo de 15 triunfos seguidos fora de casa pertencente a Jimmy Hagan com a formação benfiquista de 1972.

Duas equipas que estavam sem derrotas e enfrentavam os constrangimentos de ausências devido a lesões – Ricardo, Patrão e William nos anfitriões, Jonas, Jardel, Jiménez, Danilo, Samaris e Rafa nos visitantes – abordaram o encontro com agressividade e buscando as balizas. Os tricampeões nacionais foram mais dinâmicos em termos ofensivos, mas os flavienses, bem posicionados e com excelente organização, foram limitando os espaços ao opositor e, logo de seguida, desferindo contra-ataques ou ataques rápidos que mantiveram os lisboetas atentos.

Apesar da atitude competitiva revelada por ambos os conjuntos foi necessário esperar pelo minuto 17 para que um remate criasse perigo – pertenceu ao grego Mitroglou, foi desferido da zona da meia lua e obrigou o guarda-redes António Filipe a vistiosa intervenção.

O Chaves não se deixou intimidar com este lance e, segundos mais tarde, concluindo veloz contra-ataque e passe de Perdigão, Rafael Lopes até marcou, mas a jogada foi anulada por fora-de-jogo do dianteiro. O encontro animou, ganhou alguma rapidez, embora continuassem a escassear os episódios de maior emoção.

Faltava desenvoltura ao jogo benfiquista, enquanto os pupilos de Jorge Simão passavam por maiores dificuldades devido ao excesso de passes errados nas imediações da área contrária. À beira dos 29 minutos, sem espaços para progressão, Fejsa ensaiou o remate de longe, mas a bola sobrevoou a baliza, o mesmo sucedendo pouco depois com outra tentativa de André Horta.

Com o desafio equilibrado, Mitroglou beneficiou de um ressalto à entrada da área e atirou para o golo, mas o árbitro Tiago Martins anulou o lance, apesar dos protestos benfiquistas (37 m). Quatro minutos mais tarde, o Chaves perdeu três boas ocasiões de golo na mesma jogada: Braga atirou ao poste direito dentro da área, Fábio Martins recuperou a bola e acertou no mesmo ferro e Rafael Lopes, no ressalto, cabeceou sem direção.

Na segunda parte, a equipa da Luz tentou ser mais incisiva, esforçando-se por recuperar a bola o mais depressa possível e partir, de imediato, para o assalto à baliza, mas foi esbarrando no rigor posicional do Chaves, além de ficarem bem visíveis as dificuldades de um ataque em que Salvio e Gonçalo Guedes pouco apoio davam a Mitroglou.

Numa das exceções, Perdigão teve um passe desastrado a meio-campo, mas a recuperação benfiquista que levou a bola até Fejsa não valeu mais do que um remate frouxo do sérvio (53 m), enquanto Rui Vitória preparava a entrada do argentino Cervi. A meia hora do final, Cervi rendeu mesmo Salvio e, no minuto seguinte, Mitroglou tornou a marcar, mas a posição irregular foi devidamente assinalada.

Jorge Simão também mexeu na equipa, saindo Fábio Martins para entrar João Mário (63 m). Incapaz de criar desequilíbrios, o Benfica expunha-se mais à medida que o tempo avançava, mas uma falta marcada por Grimaldo deu a possibilidade a um cabeceamento subtil de Mitroglou na pequena área para deixar os visitantes em vantagem (69 m).

O Chaves não desistiu de se bater pelo resultado e Battaglia, na marcação de livre direto, atirou fraco para as mãos de Ederson (72 m). A 15 minutos do fim, Celis foi a opção de Vitória para o lugar de André Horta, enquanto Perdigão dava a vaga a Vukcevic, antigo jogador do Sporting, que logo protagonizou remate à malha lateral.

Enquanto o Chaves redobrava esforços para chegar à igualdade, os lisboetas apostavam numa toada de maior controlo face à pressão opositora. Com assobios dos adeptos flavienses, os benfiquistas tentaram retirar iniciativa ao adversário com recurso à circulação de bola, mas foram cometendo várias faltas nas imediações da área. Mas, a sete minutos do final, na recarga a um livre cometido sobre si, Pizzi atirou colocado da entrada da área e conseguiu o 2-0.

Seguiu-se a troca entre Gonçalo Guedes e Carrillo (86 m), o Chaves ainda quis chegar à frente, mas o golpe anímico resultante do segundo golo sofrido e também a fadiga física impediram a equipa de concretizar essa aspiração. Acabou mesmo por ser Carrillo a proporcionar magnífica defesa a António Filipe num forte disparo dentro da área muito perto do fim.

Após as vitórias de ontem para FC Porto e Sporting, hoje o Feirense cedeu (0-3) com o Nacional e vai realizar-se ainda o Sp. Braga-V. Setúbal (20h30). No domingo realizam-se Marítimo-Tondela (16h00), P. Ferreira-Rio Ave (18h00) e Moreirense-V. Guimarães (20h15). A ronda encerra na segunda-feira com o Belenenses-Arouca (20h00).

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