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Biden mantém liderança sobre Trump em nova sondagem

O inquérito conduzido depois do primeiro debate presidencial e durante parte do período de internamento de Donald Trump concluiu que 57% dos inquiridos prefere votar no candidato democrata.
  • Erin Scott/REUTERS
6 Outubro 2020, 13h13

A menos de um mês para as eleições presidenciais nos Estados Unidos, a vantagem de Joe Biden sobre o presidente Donald Trump ganhou mais expressão com base nos resultados da nova sondagem conduzida pela CNN em parceria com a consultora SSRS.

De acordo com os números divulgados, esta terça-feira, 57% dos eleitores inquiridos admite votar no candidato democrata enquanto que o atual inquilino da Casa Branca, e candidato republicano, conquista 41% dos votos. O inquérito teve início logo após o primeiro debate presidencial, no passado dia 30 de setembro, e abrangeu ainda parte do período de três dias do internamento hospitalar de Donald Trump.

A maioria dos eleitores mostrou preferência por Joe Biden com base em diversos tópicos, nomeadamente, a resposta e gestão da pandemia da Covid-19 (59% para Biden contra 38% para Trump), o serviço nacional de saúde (59% contra 39%), desigualdade racial nos EUA (62% contra 36%), nomeações para o Supremo Tribunal (57% contra 41%) e crime (55% contra 48%).

Em temas relacionados com honestidade e confiança entre os eleitores, 58% dá esse voto a Biden e 33% prefere Trump. Já em questões relacionadas com segurança, 55% escolhe o candidato democrata enquanto que 39% opta pelo candidato republicano.

Os dois candidatos apenas estão em pé de igualdade em temas relacionados com a economia. Entre os inquiridos, 50% considera que a recuperação económica será melhor gerida por Biden enquanto que 48% dá o voto de confiança a Trump.

Quanto à aprovação de forma geral, 52% dos norte-americanos diz ter uma percepção positiva do ex vice-presidente comparativamente com os 39% que mantém uma imagem positiva de Donald Trump.

Apesar desta vantagem de 16%, é importante relembrar que as eleições presidenciais nos EUA são determinadas pelo voto do Colégio Eleitoral. Ainda assim, a sondagem da CNN indica que Joe Biden tem fortes possibilidades de conquistar o voto favorável dos Estados determinantes, ainda que seja por uma margem reduzida.

Cada Estado federal tem direito a um determinado número de “grandes eleitores”, distribuição que depende da sua população e representatividade no Congresso. Por exemplo, a Califórnia, o Estado mais populoso dos EUA, tem 55 “grandes eleitores”, enquanto o Wyoming, o Alasca ou a capital federal, Washington, possuem apenas três. Para dar um exemplo mais concreto, é verdade que Hillary Clinton conseguiu, nas eleições de 8 de novembro, de 2016, mais cerca de 2,8 milhões de votos do que o adversário, mas Donald Trump garantiu a vitória que interessava. Arrecadou a maioria dos “grandes eleitores” no Colégio Eleitoral: 306, contra os 232 da candidata democrata.

Estes “grandes eleitores” são pessoas escolhidas pelos aparelhos estatais dos partidos Republicano e Democrata e podem ser os líderes partidários estatais, simples dirigentes ou indivíduos com uma ligação pessoal a determinado candidato presidencial. Bill Clinton, por exemplo, é um “grande eleitor” de Nova Iorque.

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