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Biden “preocupado” com exercícios militares da China em torno de Taiwan

Apesar de preocupado, Biden não acredita que a fúria da China contra Taiwan continue a escalar.
8 Agosto 2022, 15h55

Os militares da China anunciaram novos exercícios militares nos mares e espaço aéreo ao redor de Taiwan esta segunda-feira, ainda em resposta à visita da líder do Congresso dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. Segundo a “Reuters” as decisões da China têm deixado Biden preocupado.

Nos primeiros comentários públicos sobre Taiwan desde a visita de Pelosi, presidente dos EUA Joe Biden, disse que não estava preocupado com Taiwan, mas sim com as ações da China na região.

“Estou preocupado que estejam a mover-se tanto quanto estão”, disse Biden aos jornalistas em Delaware. “Mas não acredito que vão fazer mais do que já estão a fazer”, acrescentou.

A visita de Pelosi enfureceu a China, que respondeu com lançamentos de testes de mísseis balísticos sobre Taipei pela primeira vez, além de abandonar algumas linhas de diálogo com Washington.  Em Taipei, o porta-voz do Ministério da Defesa, Sun Li-fang, disse aos jornalistas que as forças armadas de Taiwan tinham lidado “calmamente” com os exercícios chineses

Depois dos primeiros exercícios na semana passada, esta segunda-feira, o Ministério da Defesa de Taiwan disse ter detetado 39 aviões da força aérea chinesa e 13 navios da Marinha dentro e ao redor do Estreito de Taiwan.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, disse na segunda-feira que a China estava realizando exercícios militares normais “nas nossas águas” de forma aberta, transparente e profissional, acrescentando que Taiwan fazia parte da China.

Quando questionado sobre se os exercícios em andamento da China cumpriam o direito internacional e se novos avisos para o tráfego aéreo e marítimo civil seriam emitidos, Wang referiu que os departamentos relevantes emitiram anúncios oportunos em conformidade com o direito nacional e internacional.

Enquanto isso, o Ministério da Defesa da China tem mantido pressão diplomática sobre os Estados Unidos. “A atual situação tensa no Estreito de Taiwan é inteiramente provocada e criada pelo lado dos EUA por iniciativa própria, e o lado dos EUA deve assumir total responsabilidade e sérias consequências por isso”, disse o porta-voz do Ministério da Defesa, Wu Qian.

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