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BNP Investment Banking. “Temos apoiado o sector da energia e a transição energética”

Francisco Moreira, Senior Banker BNP Paribas, responsável pela área de investment banking, em entrevista ao Jornal Económico, depois do banco receber os prémios da revista Euromoney, fala do peso da banca de investimento no conjunto da atividade do BNP Paribas Portugal.
14 Julho 2023, 18h52

No passado dia 12 de julho, em Londres, o BNP Paribas voltou a ser distinguido pela Euromoney com vários prémios anuais, incluindo o “World’s Best Bank” e o “World’s Best Bank for Sustainable Finance”, além de mais 12 prémios em áreas de atividade especificas.

Nessas outras categorias, o destaque vai para o prémio de “Best Investment Bank in Portugal 2023″ atribuído ao BNP Paribas pela sua atividade de investment banking em Portugal. Nos últimos 12 meses, esta é a segunda distinção que o BNP Paribas Portugal conquista nesta área.

Francisco Moreira, Senior Banker BNP Paribas, responsável pela área de investment banking, em entrevista ao Jornal Económico, depois do banco receber os prémios da revista Euromoney, fala do peso da banca de investimento no conjunto da atividade do BNP Paribas Portugal.

“O BNP Paribas é o maior banco da zona euro em balanço e mantém uma identidade vincada na abordagem integrada de toda a atividade bancária, quer seja no retalho, que desenvolvemos em Portugal através da nossas filiais especializadas, quer seja na área da banca transacional, quer seja na área da banca de investimento”, diz Francisco Moreira.

“O BNP Paribas Portugal oferece todas estas soluções sendo que, na área corporativa e institucional, o nosso foco é muito centrado nas atividades de Banca de Investimento, aliás não só em Portugal mas em todo o perímetro EMEA: somos o único Banco de Investimento global de base Europeia”, explica o responsável pela atividade de banca de investimento do BNP em Portugal.

Desta forma, acrescenta, “o peso desta atividade em Portugal tem vindo a crescer, embora não possamos deixar de referir que na banca transacional, nas operações de trade finance ou no cash management temos tido igualmente um crescimento sustentado já que servimos os nossos clientes multinacionais em rede. Em Portugal, estas duas áreas (Banca de Investimento, Banca Transacional) têm crescido de forma bastante equilibrada”.

“Num passado recente, temos verificado uma maior preponderância para operações no sector da energia e em ECM (Equity Capital Markets), fundamentalmente por ser um sector em forte transição e com grande necessidade de acesso ao mercado de investidores internacionais”, revela Francisco Moreira.

Mas, salienta o gestor, “é também o corolário do posicionamento do BNP Paribas como o Banco europeu de referência na Transição Energética e nas energias renováveis, e do investimento concreto que o Banco está a fazer nessas áreas (é pública a intenção do BNP Paribas, como líder na transição energética, em dedicar mais de 200 mil milhões de euros, no horizonte 2025, para apoiar os seus clientes na jornada de transição para uma economia de baixo carbono)”

O que tem vindo a fazer o BNP Paribas na Banca de Investimento?

“Historicamente em Portugal o caminho que traçámos na área da Banca de Investimento foi iniciado pelo lado DCM, portanto pelo lado do Mercado Obrigacionista e de Dívida. Mais recentemente, e com especial enfoque desde há cerca de 5 anos, com um reforço muito claro no lado ECM – portanto no Mercado de Ações e de Equity-linked – e igualmente forte na área de M&A . Julgo que é a mensagem correta que traduz este prémio”, considera Francisco Moreira.

“O BNP Paribas posiciona-se como um Banco de Investimento que é um Banco de expressão global. Em Portugal também. Aqui, cobrimos um mercado específico de clientes corporativos e institucionais com quem escolhemos ter parcerias dessa dimensão, e servimos os nossos clientes, em rede, em diversas geografias, nas suas necessidades transacionais”, responde o Senior Banker BNP Paribas, responsável pela área de Investment banking.

“Por isso a evolução do negócio de Investment Banking teve que ser acompanhado de um investimento relevante”, explica o banqueiro. “Por exemplo a nossa equipa de Advisory que cobre a região Ibérica foi sendo reforçada, com elementos com expertise sectorial e industrial, baseados em Lisboa e em Madrid, e é hoje, provavelmente, das maiores equipas de Advisory (em número de profissionais) da Península Ibérica”, acrescenta.

Francisco Moreira diz mesmo que fala de Lisboa “porque nunca é demais referir que o BNP Paribas apostou, de forma importante, clara e sustentada em Portugal: temos aqui 10 empresas do Grupo e 11 centros de excelência que servem o Grupo a nível local e internacional e que empregam mais de 8.000 pessoas”.

“Uma parte dessas equipas serve o mercado português em Banca de Investimento, e este prémio, sendo para Portugal, acaba por celebrar um pouco do sucesso desta relação de longa data com o país”, considera.

Em Portugal o nosso foco, a par da abordagem integrada, é num conjunto selecionado de clientes nacionais ou em clientes da nossa rede internacional. Na atividade de Banca de Investimento o volume é importante, inclusivamente para poder responder aos amplos recursos investidos e postos à disposição dos clientes”, revela Francisco Moreira.

O gestor destaca que “o que nos distingue é a experiência das equipas, o conhecimento do mercado de investidores internacionais, a capacidade de estudar alternativas em situações complexas e, claro, o suporte da nossa marca, a qualidade e independência do nosso Research, a estabilidade do nosso modelo, a força da nossa rede e a nossa presença global”. A isso adiciona-se um fator adicional fundamental, que é cultural, diz. “Está no nosso ADN: o BNP Paribas procura sempre servir um cliente numa base de parceria de longo prazo. Isso é o mais relevante. E julgo, pelo menos espero, que isso também faz a diferença”, refere o gestor.

Olhando para a tipologia de empresas clientes, Francisco Moreira salienta que “talvez o sector da energia e a área da transição energética sejam aqueles que temos mais apoiado nos últimos anos. Mas, mesmo aí, em tecnologias diversificadas. Depois há outros sectores, com menor expressão ultimamente, onde se incluem o setor do retalho, das embalagens, da construção. Esse apoio é sobretudo dirigido a empresas nacionais, mas também temos tido várias situações em que apoiámos empresas ou Fundos estrangeiros a entrar em Portugal por meio de aquisições, por exemplo”.

Quando questiondo sobre “deals” de referência onde o BNP Paribas tenha estado envolvido em Portugal, Francisco Moreira prefere não destacar nenhuma operação em particular, “todas são igualmente importantes porque serviram o propósito dos nossos clientes, e isso é o que mais importa. Mas estivemos envolvidos em vários tipos de operações incluindo IPOs, aumentos de capital, obrigações verdes, obrigações convertíveis, operações de troca de obrigações, obrigações híbridas (verdes, neste caso também), operações de financiamento sindicado, e fusões e aquisições”.

Ou seja, “no espectro completo dos produtos de Banca de Investimento, sem esquecer claro que, em paralelo, e para esses clientes, continuamos a desenvolver a atividade bancária transacional”.

 

 

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