[weglot_switcher]

Bolsa abre a valorizar. CTT lidera ganhos

Os CTT abriram a valorizar 1,9%. Nas praças europeias a abertura foi feita em subida com a bolsa espanhola em destaque.
18 Maio 2022, 07h13

A Bolsa de Lisboa (PSI 20) abriu a valorizar 0,31%, para os 5.857,27 pontos. O petróleo valoriza 1,3%, para os 113.40 euros.

Entre as empresas com maior valorização aparece os CTT com ganhos de 1,9%, para os 3.75 euros.

Seguiu-se a EDP com uma subida de 0,8%, para os 4.54 euros, e a Galp Energia a subir 0,56% para os 4.53 euros.

Em quebra está a Corticeira Amorim, que desce 0,39% para os 10.10 euros.

Nas bolsas europeias a tendência é de valorização das bolsas, com o índice de Espanha a atingir a maior subida.

Nas praças europeias salienta-se os ganhos do DAX (Alemanha) de 0,22%, o FTSE 100 (Reino Unido) sobe 0,07%, o CAC 40 (França) sobe 0,40%, e o IBEX 35 (Espanha) está a valorizar 0,66%.

A área de pesquisa da BA&N refere que o mote para a abertura em terreno positivo, nas praças europeias, veio na sequência dos ganhos registados em Wall Street, na passada terça-feira, “com ganhos robustos depois das vendas a retalho e da produção industrial nos Estados Unidos terem aumentado a um ritmo robusto o suficiente para afastar, para já, o cenário de uma travagem brusca da maior economia do mundo”.

Outro fator a influenciar as bolsas europeias, segundo a BA&N, que valorizam pela terceira sessão, foi a “evolução
positiva de uma série de indicadores económicos a atenuar as preocupações dos investidores com uma recessão e a mitigar o impacto das declarações de responsáveis de política monetária da Fed e BCE que indicam uma postura ainda mais agressiva na subida das taxas de juro para combater a escalada da inflação”.

Mercado espera subida agressiva nos juros

A isto junta-se as declarações dos responsáveis do responsável pela reserva norte-americana, Jerome Powell, e do governador do Banco Central Europeu, Klass Knot, que levaram o mercado a estimar uma “subida de juros ainda mais agressiva” por parte da Fed e do BCE.

A análise da XTB sublinha também as declarações de responsáveis do BCE relativamente às taxas de juro, onde não se exclui a possibilidade de um aumento nas taxas em 50 pts base.

“Tendo em conta o atual clima de aumentos sobre as taxas, o setor da banca é dos setores mais beneficiados com esses aumentos e o comportamento das ações do BCP estão a refletir esse mesmo sentimento no mercado que começa a ficar aumentos até 100 pts base este ano”, considera a XTB.

A influenciar os mercados estiveram também as projeções do Eurostat que reviu em alta o crescimento da Zona Euro no primeiro trimestre para 0,3%, bem como a quebra em França e Reino na taxa de desemprego para mínimos de vários anos.

A inflação no Reino Unido poderá “colocar pressão adicional” para o Banco de Inglaterra agravar os juros, considera a BA&N.

“Já hoje, o Japão confirmou uma contração da economia, mas a um ritmo bem inferior ao estimado. Estas notícias positivas na economia global reforçaram o argumento para os investidores comprarem ações, depois de seis semanas de quedas agressivas terem deixado vários índices em mínimos de um ano e muitas cotadas em níveis atrativos. A recuperação das ações ganha mais significado por contrariar várias notícias negativas, com destaque para os maus resultados da Walmart (gigante do retalho afundou 11%) e para um discurso ainda mais agressivo por parte de Jerome Powell. O líder da Fed deixou claro que o banco central vai subir os juros até que a inflação dê sinais sólidos de abrandamento e admitiu ir além de neutral, levando o mercado a estimar que a taxa de juro estará em 3% no final do ano”, explica a BA&N.

A BA&N sublinha que na zona Euro pode existir um crescimento na pressão para uma “subida agressiva” de juros, na sequência de declarações do governador do banco central dos Países Baixos (Klaas Knot) terem “aberto a porta a um agravamento de 50 pontos base” na reunião de julho.

“O euro recuperou terreno (acima de 1,05 dólares) e o mercado já estima uma subida de 100 pontos base nos juros este ano, o que colocará a taxa dos depósitos em 0,5%. As declarações de Powell e Knot pressionaram fortemente as obrigações nos dois lados do Atlântico, conduzindo a yield dos títulos dos EUA a 10 anos a aproximar-se de 3% e a taxa das bunds alemãs a superar 1%”, acrescenta a BA&N.

A BA&N considera que esta tem sido uma semana de “alívio do sell off” das semanas anteriores, sendo que os índices
europeus beneficiam também com a intenção da Siemens lançar uma oferta sobre a Siemens Gamesa.

Na bolsa portuguesa, a BA&N salienta a valorização da Greenvolt, na ordem dos 1,9%, depois do anúncio da compra de um parque fotovoltaico na Roménia.

Atualizado às 09h23

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.