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Bolt investe 100 milhões de euros para se tornar maior empresa de micromobilidade da Europa

Lisboa, cidade onde a Bolt tem uma grande participação, vai receber 100 novas bicicletas elétricas, totalizando mais de 300 bicicletas e 400 trotinetes elétricas em circulação nas ruas da capital portuguesa.
12 Novembro 2020, 12h41

A plataforma de TVDE e de trotinetes elétricas Bolt vai investir mais de 100 milhões de euros em 2021 para se tornar a maior empresa de trotinetes na Europa, com o objetivo de se desviar das perdas no serviço de transporte de passageiros causadas pela pandemia de Covid-19, revela a “Reuters”.

A rival da Uber tem nos planos uma expansão agressiva por todo o continente europeu, enviando 130 mil trotinetes e bicicletas elétricas para mais de 100 cidades durante o próximo ano. “Há tanto espaço para crescer”, disse o CEO e co-fundador da Bolt, Markus Villig, à “Reuters”. De acordo com um comunicado da empresa de micromobilidade, a Bolt quer tornar-se no maior operador de veículos elétricos partilhados da Europa em 2021.

Além do crescimento dos veículos de micromobilidade, a Bolt irá continuar a investir na construção de hardware personalizado para o seu modelo próprio de trotinetes elétricas. No início do ano, a empresa apresentou o seu próprio modelo modular, desenhado e desenvolvido dentro da empresa, o que permite que as trotinetes tenham uma vida útil de cinco anos, sejam completamente recicláveis e reparáveis.

Lisboa, cidade onde a Bolt tem uma grande participação, vai receber 100 novas bicicletas elétricas, totalizando mais de 300 bicicletas e 400 trotinetes elétricas em circulação nas ruas da capital portuguesa. “A adesão às novas trotinetes e bicicletas elétricas tem sido muito positiva, sendo já visível um aumento significativo da procura”, apontou Santiago Páramo, responsável de rentals na Península Ibérica.

“A introdução de mais 100 novas bicicletas elétricas esta semana é resultado disso mesmo e está em linha com o nosso objetivo de continuar a proporcionar viagens cada vez mais fáceis, acessíveis e ecológicas aos portugueses”, adiantou ainda.

No mês de setembro, a plataforma anunciou que se iria tornar climaticamente positiva nas operações com as trotinetes elétricas até ao final de 2020. Além de investir em viagens sem emissões de carbono, a Bolt também vai apoiar projetos que ajudem a remover mais carbono da atmosfera.

Markus Villig acredita que “o futuro do transporte urbano passa por uma rede de serviços baseada na procura, seja de ride-hailing, trotinetes e bicicletas elétricas ou outros meios de transporte leves. Já não vivemos numa época em que as pessoas precisam de comprar carro próprio para se deslocarem”.

Apesar de ainda não ter certezas das escolhas dos consumidores, Villig acredita que estes vão dar preferência às trotinetes e bicicletas elétricas em vez dos táxis e transportes públicos, preferindo o ar livre devido à pandemia da Covid-19.

“Vimos que um dos maiores desafios na transição para a mobilidade elétrica partilhada é o preço e, por isso, estamos muito entusiasmados por conseguir trazer trotinetes e bicicletas elétricas acessíveis para ainda mais países”, acrescentou Villig.

Atualmente, a empresa criada em 2013 na Estónia conta com mais de 30 milhões de utilizadores em 35 países, e está avaliada em 1,7 mil milhões de euros depois de em maio ter levantado 100 milhões de euros em investimento da empresa Naya Capital Management.

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