O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil anunciou esta terça feira, 11 de novembro, a saída do país das políticas de imigração das Nações Unidas.
Ernesto Araújo – que tomará posse em janeiro sob o comando do presidente eleito de direita Jair Bolsonaro – disse que o acordo internacional é “um instrumento inadequado” para lidar com a questão e que as nações devem estabelecer as suas próprias políticas.
“O Governo Bolsonaro se desassociará do Pacto Global pela Migração”, anunciou Ernesto Araújo na sua conta de Twitter.
Para facilitar a leitura, reproduzo aqui, em conjunto, o texto dos meus três tweets desta noite sobre o tema das migrações: pic.twitter.com/Oq8WWgNOhl
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) December 11, 2018
“A imigração não deve ser tratada como uma questão global, mas sim de acordo com a realidade de cada país”. Ernesto Araújo prometeu, no entanto, que o Brasil continuará a receber refugiados da vizinha Venezuela, mas que “o ponto fundamental é restaurar a democracia” daquele país.
Dez países, a maioria na antiga Europa oriental comunista, anunciaram que vão sair do pacto de imigração da Organização das Nações Unidas (ONU).
Com um recorde de 21,3 milhões de refugiados em todo o mundo, as Nações Unidas começaram a trabalhar no acordo não vinculativo depois de mais de um milhão de pessoas terem chegado à Europa em 2015 – muitas fugiram da guerra civil na Síria e da pobreza em África.
O acordo, que aborda questões como proteger os imigrantes, integrá-los e enviá-los para casa, tem sido criticado por políticos europeus de direita que dizem que isso pode aumentar a imigração. Todos os 193 membros da ONU, exceto os Estados Unidos, concordaram com a redação em julho, mas apenas 164 – incluindo representantes da atual administração do Brasil – ratificaram formalmente a cerimónia em Marrakesh, na segunda-feira.
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