Os apartamentos e moradias são a principal aposta dos investidores internacionais, ao representarem cerca de 61% e 22%, respetivamente, das transações realizadas ao longo do último ano. Os prédios e lojas são também fortes apostas destes clientes que, em 2017, representaram 5% e 4% das compras, vendas e alugueres de imóveis RE/MAX.
Atendendo ao elevado investimento em apartamentos, a análise da RE/MAX vai um pouco mais longe e revela ainda que a escolha dos investidores estrangeiros tende a recair sobre habitações com três, quatro e duas assoalhadas, as quais em 2017 foram responsáveis por 40%, 30% e 20% do volume de transações da marca.
No que respeita ao investimento, em 2017 a grande fatia da procura centrou-se nos imóveis até 400 mil euros, com um maior fluxo de transações (34.5%) nas habitações com valores compreendidos entre 100 mil euros e 199.999 euros, seguidos das casas de valor inferior a 100 mil euros, que representaram cerca de 29% das movimentações da marca.
No total, o investimento estrangeiro registou um crescimento na ordem dos 23%. Os brasileiros e franceses foram quem mais investiu em Portugal em 2017, representando cerca de 5% do volume total de transações.
Para a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), a percentagem foi inferior em três pontos percentuais. A associação representante do setor concluiu que, no ano passado, o investimento estrangeiro representou 20% do total das transações de casas em Portugal. Desse total, os investidores de França foram quem mais apostou no mercado imobiliário nacional para adquirir habitação (29%) em 2017, seguindo-se dos do Brasil (19%), de Inglaterra (11%), da China (9%) e de Angola (7,5%).
De acordo com o gabinete de estudos da APEMIP, os investidores externos preferiram comprar T2 (34%) e T3 (47%). Os T1 equivaleram a 13% das aquisições e T4 ou superior a 6%. Quando comparado o ‘top 5’ nacional de investimento estrangeiro com o do Porto, os chineses dão lugar aos espanhóis. Já em Lisboa quem se junta aos maiores compradores de casas são os norte-americanos, em vez dos ingleses.
Gráfico 1 – ‘Top 5’ de investimento estrangeiro no Porto
Gráfico 2 – ‘Top 5’ de investimento estrangeiro em Lisboa
Fonte: Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal
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