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Brexit: oposição trabalhista ameaça pedir eleições antecipadas

O partido liderado por Jeremy Corbyn considera que, se Theresa May perder a votação a 11 de dezembro, não terá condições para continuar no cargo.
2 Dezembro 2018, 18h15

O Partido Trabalhista britânico insiste que, se a primeira-ministra Theresa May perder a votação sobre o acordo do Brexit na Câmara dos Comuns no próximo dia 11 de dezembro, deve haver eleições antecipadas.

Keir Starme, dirigente do partido e membro do governo-sombra, disse em entrevista durante o fim-de-semana que, se May perder a votação, o partido avançará com uma moção de confiança. Para ele, é politicamente impossível que May pudesse permanecer no cargo se for derrotada nesta questão emblemática.

“Parece-me que, se a primeira-ministra perdeu a votação, então tem que haver uma moção de confiança ao seu governo”, disse. “Obviamente, dependerá do que realmente acontecer nos próximos nove dias. Depende de qual é a resposta. Mas se ela perdeu depois de dois anos de negociação, então é certo que deveria haver eleições gerais”.

A estratégia trabalhista tem sido a de pressionar por eleições gerais se nenhum acordo Brexit for alcançado, mas os comentários de Starmer firmam o cronograma provável. Se o governo de May não for deposto, os trabalhistas bater-se-iam por um segundo referendo.

A probabilidade de haver uma nova pressão por um novo referendo parece ter crescido ao longo do tempo. Na semana passada, John McDonnell, outro dirigente trabalhista, disse que o seu partido iria “inevitavelmente” apoiar um segundo referendo se se revelasse impossível umas eleições antecipadas.

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