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Brexit: Turistas comunitários devem ter isenção de visto? Mais de metade dos britânicos concorda

As gerações mais jovens são as que oferecem uma maior resistência à introdução de um visto pago para os visitantes do Reino Unido (62%), assim como os londrinos (80%) e os escoceses (62%). Já no noroeste do país é onde se verifica uma maior aceitação da medida (45%).
  • Paul Hackett/Reuters
26 Julho 2017, 15h24

Um estudo realizado pela empresa de pesquisa YouGov mostra que, um ano depois do referendo de 23 de junho que deu vitória à saída do Reino Unido da União Europeia, a maioria dos britânicos está contra o pagamento de um visto por parte de cidadãos do bloco europeu para visitar Londres no pós-Brexit. A questão da livre circulação de pessoas garantida pela pertença à União Europeia é uma das questões mais sensíveis das negociações do Brexit, que ainda não encontrou consenso de parte a parte.

O estudo indica que 53% dos britânicos pensa que os cidadãos europeus não devem solicitar visto de turista quando forem visitar o país, ao passo que 47% temem que vão ter de o fazer para viajar pela Europa. As gerações mais jovens são as que oferecem uma maior resistência à introdução de um visto pago para os visitantes do Reino Unido (62%), assim como os londrinos (80%) e os escoceses (62%). Já no noroeste do país é onde se verifica uma maior aceitação da medida (45%).

Mais de metade dos entrevistados (62%) explicam que esta rejeição aos vistos com a manutenção do carácter acolhedor do Reino Unido. Cinquenta e oito por cento dos britânicos acredita que seria mais benéfico para a sua economia, ao passo que 56% considera que fomentaria um bom relacionamento com outras nações da União Europeia.

Robert McNamara, porta-voz de eDreams ODIGEO, que encomendou o estudo, assegura que “o Reino Unido é um dos principais destinos turísticos da Europa, também para os turistas portugueses, e torna-se cada vez mais popular de ano para ano”. O ano passado, o país registou um crescimento na ordem do 25,54% de visitas de portugueses ao Reino Unido, chegando quase ao meio milhão.

A segunda fase de negociações do processo de saída do Reino Unido da UE terminou na passada quinta-feira sem que as duas partes tenham chegado a acordo em relação à questão do futuro dos diretos dos cidadãos. O responsável-chefe da UE pelas negociações, Michel Barnier afirmou que faltou “convergência” de parte a parte e permanecem diferenças de interesses fundamentais, após quatro dias de conversações.

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