Brisa registou o maior crescimento de tráfego na Europa até junho

Em termos globais, o ‘outlook’ da Moody’s para o conjunto das concessionárias europeias de autoestradas alvo de ‘rating’ é ‘estável’. No entanto, o ‘outlook’ da agência de notação financeira para a Brisa está um patamar acima, no nível ‘positivo’. 

A Brisa Concessão Rodoviária (BCR), responsável pela principal rede de autoestradas em Portugal, foi a concessionária que registou o maior aumento de tráfego no primeiro deste ano entre as congéneres europeias que são alvo de ‘rating’. Esta conclusão foi divulgada hoje, dia 30 de outubro, num research elaborado pela agência de notação financeira Moody’s.

De acordo com esse estudo, o crescimento de tráfego da BCR no primeiro semestre deste ano foi de 6% face ao período homólogo de 2018.

“Embora o crescimento de tráfego de veículos pesados [HGV – Heavy Goods Vehicle] tenha sido duas vezes mais rápido do que o crescimento do tráfego de veículos ligeiros [LV – Light Vehicle] na rede portuguesa [de autoestradas] em 2018, observamos uma convergência nas respetivas taxas de crescimento em 2019”, sublinha a análise da Moody’s.

A Moody’s assinala que, “para o ano de 2020, esperamos um crescimento de tráfego total ligeiramente reduzido, mas ainda robusto”, prevê a agência de notação financeira para o próximo ano na rede nacional de autoestradas.

Em termos macroeconómicos, a Moody’s perspetiva “um crescimento económico mais lento que se irá traduzir num abrandamento do crescimento do tráfego de veículos ligeiros, para a banda entre 0,5% e 1,5% e que o tráfego de veículos pesados desacelere para uma banda [de crescimento] entre 2% e 3,5%”.

“Também prevemos que o intervalo no crescimento do PIB entre Espanha e Portugal, por um lado, e França e Itália, por outro, se irá esbater. Em resultado, prevemos uma convergência no crescimento do tráfego entre os operadores ibéricos e franceses e italianos de autoestradas alvos de ‘rating'”, assinala o referido estudo da Moody’s.

O mesmo estudo adianta que a BCR registou um aumento de receitas de portagem na ordem de 1,8% em 2018, prevendo para este ano uma subida de 0,9% para concessionária liderada pelo Grupo José de Mello.

Para o próximo ano, a Moody’s antevê um crescimento de receitas de portagens da Brisa na ordem dos 0,4%.

Em termos globais, o ‘outlook’ da Moody’s para o conjunto das concessionárias europeias de autoestradas alvo de ‘rating’ é ‘estável’.

No entanto, o ‘outlook’ da agência de notação financeira para a Brisa está um patamar acima, no nível ‘positivo’.

Recorde-se que na semana passada, os principais acionistas da Brisa, o Grupo José de Mello e o fundo de investimento Arcus, anunciaram que irão colocar, cada um, à venda, um lote de 40% dos direitos de voto na concessionária portuguesa, um processo que só deverá estar concluído no segundo semestre de 2020.

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