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Britânicos já estão fora da União Europeia

As viagens a primeira-ministra britânica Theresa May aos Estados Unidos na sexta-feira passada e à Turquia no dia seguinte fizeram soar os alertas em Bruxelas.
30 Janeiro 2017, 07h35

A União Europeia tem em mãos mais um problema a que deverá dar uma resposta o mais rapidamente possível: a nova investida da diplomacia britânica, que, sem que nada o tivesse antecipado, tem uma agenda em execução. E com elevado grau de rapidez, o que contrasta com as dificuldades que Bruxelas tem nesta matéria – não só pelo peso da máquina burocrática, mas também porque o comissário para os assuntos externos é tradicionalmente o mais mal amado do elenco.

As viagens a primeira-ministra britânica Theresa May aos Estados Unidos na sexta-feira passada e à Turquia no dia seguinte fizeram soar os alertas em Bruxelas: a Grã-Bretanha tem uma agenda diplomática que não está alinhada com a União Europeia – parece inclusivamente que é o seu contrário – o que só podem ser más notícias para os 27 restantes.

Durante a semana, merece especial atenção o que for dito sobre a matéria a partir do interior da Comissão Juncker – mesmo que venha da parte da italiana Federica Mogherini, a comissária das relações externas.

Entretanto, a comissão está oficialmente concentrada em discutir temas ligados à agricultura – nomeadamente no que tem a ver com a proibição da utilização de determinados pesticidas – ao mesmo tempo que continuará a debruçar-se sobre o Panamá Papers, que, para já, e apesar do tema, não tem dado grandes notícias.

Do outro lado do oceano, ninguém saberá o que se segue, depois de uma semana em que o novo presidente, Donald Trump, conseguiu deixar parte do mundo em estado de sítio: a ‘pega’ com o Irão – depois de décadas em que foi preciso recuperar a sua confiança no Ocidente – pode vir a tornar-se um caso sério.

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