[weglot_switcher]

Bruxelas pondera retaliar e restringir viagens não essenciais para os EUA (com áudio)

Depois da decisão tomada pelas autoridades sanitárias norte-americanas, no início de agosto, Bruxelas pondera agora fechar as fronteiras a estes turistas devido à rápida disseminação da variante Delta.
  • Kenzo Tribouillard, AFP
30 Agosto 2021, 09h22

A União Europeia (UE) poderá recuar na decisão e deixar de recomendar as viagens não essenciais para fora do bloco europeu, nomeadamente, para os Estados Unidos uma vez que o país tem vindo a registar nos últimos dias um número elevado de contágios por Covid-19 motivado pela variante Delta.

Segundo fontes diplomatas consultadas pelo “The Wall Street Journal” (WSJ), a decisão final deverá ser tomada esta segunda-feira, apesar de na semana passada a presidência eslovena da UE tinha recomendado estabelecer restrições de viagens para os EUA e outros cinco países.

A “lista vermelha” de viagens da UE, que é revista a cada duas semanas, não é vinculativa para os Estados-membros, mas tem estabelecido um padrão nos últimos meses para quem pode e quem não pode visitar o bloco. Tal como aconteceu já chegou a acontecer com países como o Reino Unido, alguns Estados-membros podem decidir continuar a permitir a entrada destes turistas desde de que consigam provam de que têm o quadro vacinal contra  Covid-19 completo ou um teste negativo.

A pressão para retirar os EUA da lista de viagens também aumentou uma vez que Washington manteve a proibição de viagens não essenciais pela Europa. Em reação, no início de agosto, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou que Bruxelas não iria permitir que a falta de reciprocidade “se arrastasse por semanas”. E agora a decisão poderá mudar.

Em Bruxelas, as autoridades do executivo comunitário reclamaram do lento progresso de um grupo de trabalho conjunto EUA-UE criado para resolver a questão numa altura em que vários Estados-membros olham para os turistas norte-americanos como uma fonte de receita que irá impulsionar a recuperação económica.

A decisão da UE, tomada em junho, de abrir as fronteiras a viajantes norte-americanos foi uma das várias decisões tomadas entre Washington e Europa que tiveram como objetivo reiniciar as relações após as tensões criadas sob a administração de Trump.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.