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Bruxelas projeta retoma europeia mais rápida do que o esperado e vê zona euro a crescer 4,8%

A Comissão Europeia melhorou as projeções para a União Europeia e para a zona euro e vê o PIB dos países da moeda única a atingir níveis pré-pandemia já no último trimestre deste ano.
7 Julho 2021, 10h00

A Comissão Europeia está mais otimista sobre a recuperação económica da União Europeia e da zona euro, à medida que as restrições são levantadas em vários países e os indicadores de sentimento económico melhoram. Nas previsões económicas de verão, Bruxelas projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) quer dos 27 Estados-membros, quer dos 19 da moeda única cresça 4,8% este ano e 4,5% em 2022.

“Prevê-se que a economia europeia recupere mais rapidamente do que o esperado, uma vez que a atividade no primeiro trimestre do ano excedeu as expectativas e a melhoria da situação de saúde levou a um abrandamento mais rápido das restrições ao controlo da pandemia no segundo trimestre”, refere o executivo comunitário.

As projeções divulgadas esta quarta-feira representam uma expectativa de crescimento superior em 0,6 pontos percentuais (p.p.) na União Europeia e 0,5 p.p. na zona euro este ano face às projeções de primavera, lançadas em maio.

Bruxelas vê assim o PIB real a regressar ao nível anterior à crise no último trimestre de 2021, quer na União Europeia, quer na zona euro. Para os países da moeda única, este cenário representa um regresso um trimestre antes do esperado nas previsões de primavera.

Os técnicos da Comissão justificam que este crescimento resulta da atividade ter superado as expectativas no primeiro trimestre, da estratégia “eficaz” de contenção do vírus e o “progresso” com o processo de vacinação ter levado a uma diminuição do número de infeções e hospitalizações – permitindo uma reabertura das economias no trimestre seguinte -, bem como de um “renascer” da atividade turística dentro da União Europeia, que “deverá beneficiar ainda mais com a entrada em vigor” do novo certificado digital a partir de dia 1 de julho. Estes factores deverão compensar os custos crescentes e a escassez temporária de alguns materiais que afetam partes do setor industrial.

Bruxelas prevê que o consumo privado e o investimento sejam, assim, os principais motores do crescimento, suportados pelo emprego, que se prevê acompanhar a atividade económica.

Já a inflação deverá aumentar para em média 2,2% este ano na União Europeia e 1,6% em 2022 e 1,9% na zona euro e 1,4% em 2022.

No entanto, explica que a incerteza e os riscos em torno das perspetivas são “altos”, ainda que permaneçam equilibrados o global. Entre estes aponta novas variantes da Covid, a resposta das famílias e das empresas a mudanças nas restrições e a inflação aumentar mais do que o previsto, no caso das restrições de oferta serem persistentes.

(Atualizado às 10h19)

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