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Bruxelas sanciona altas figuras do estado russo devido a Navalny

O acordo, que deve ser formalmente aprovado pela UE no início de março, veio depois de a França, a Alemanha, a Polónia e os países bálticos terem pedido ao bloco que enviasse uma mensagem a Putin de que o debate e os protestos devem ser permitidos na Rússia.
23 Fevereiro 2021, 10h52

Os chanceleres da União Europeia (UE) concordaram em impor sanções a quatro altos funcionários russos, próximos ao presidente Vladimir Putin, em resposta à prisão do crítico do Kremlin, Alexei Navalny, de acordo com uma notícia avançada pela “Reuters”, esta terça-feira.

O acordo, que deve ser formalmente aprovado pela UE no início de março, veio depois de a França, a Alemanha, a Polónia e os países bálticos terem pedido ao bloco que enviasse uma mensagem a Putin de que o debate e os protestos devem ser permitidos na Rússia. A decisão surge na sequência da detenção do crítico do Kremlin e de os protestos que surgiram depois, em prol da libertação de Navalny.

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, afirmou que a decisão foi tomada para que se prosseguissem com as sanções rapidamente, mas não deu detalhou. “As relações [com a Rússia] certamente estão más, não há outra palavra para isso”, referiu Maas.

Um diplomata da UE contou à “Reuters” que a proposta de novas proibições de viagens e congelamento de ativos teria como alvo, entre outros, Alexander Bastrykin, cujo Comité de Investigação lida com investigações de crimes graves e reporta diretamente a Putin. Bastrykin já está sujeito a sanções de direitos humanos britânicas.

Outro alvo, é Igor Krasnov, que se tornou procurador-geral da Rússia há um ano. O terceiro oficial da lista é Viktor Zolotov, chefe da Guarda Nacional da Rússia, que publicamente ameaçou Navalny em setembro de 2018. O quarto homem, abrangido na lista de pessoas escolhidas pela UE a sancionar, é Alexander Kalashnikov, chefe do serviço penitenciário federal.

As sanções vão ser impostas sob uma nova estrutura que permite à UE tomar medidas contra violadores de direitos humanos em todo o mundo, disse o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, acrescentando que espera que as sanções estejam prontas em cerca de uma semana. Os governos da UE consideram que as medidas aplicadas contra altos funcionários estaduais podem enfrentar melhor as contestações legais, embora seja mais difícil provar o envolvimento de executivos de negócios em quaisquer abusos aos direitos humanos.

 

 

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