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Bruxelas: terrorista admite atentado e diz que “queria matar um judeu”

A capital belga foi alvo dedois ataques terroristas, reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico, há quase um ano. Ao todo, morreram 32 pessoas.
  • Eric Vidal/REUTERS
24 Janeiro 2017, 15h11

Najim Laachraoui e Ibrahim El Bakraoui, dois dos terroristas que, no ano passado, atacaram o aeroporto de Zaventem, em Bruxelas, tinham como alvo “passageiros que viajassem para os Estados Unidos” e “queriam matar um judeu”. A revelação foi feita por Mohamed Abrini que confirma ser o “homem do chapéu” do ataque de 22 de março.

Segundo as autoridades belgas, “todos os americanos eram tidos como alvo” embora hajam fortes indícios de que “os terroristas estavam também obcecados com israelitas”.

“Mesmo no início [da investigação] houve informações de que os alvos eram os balcões de check-in americanos, russos e israelitas”, conta uma fonte da polícia norte-americana sob anonimato, acrescentando que “esse entendimento tem resistido nas investigações posteriores, inclusive com a alegada confissão de Mohamed Abrini [terceiro suspeito dos ataques]”.

Nas câmaras de segurança, um dos suspeitos pode ser visto no encalço de judeus alemães segundos antes de ocorrer a primeira explosão.

Outras fontes próximas à investigação indicam que imagens de videovigilância, que nunca foram divulgadas, mostram Najim Laachraoui a “vigiar” cerca de 60 estudantes do secundário antes de se decidir a perseguir dois judeus ortodoxos. “Ele queria matar realmente um judeu”, defende a fonte.

Recorde-se que a capital belga foi alvo de um ataque terrorista, reivindicado pelo autoproclamado Estado Islâmico, a 22 de março do ano passado. No total, morreram 16 pessoas no aeroporto de Zaventem, entre eles quatro americanos, e dois israelitas.

Uma hora depois do ataque ao aeroporto, o irmão de um dos terroristas, Khalid El Bakraoui, atacou uma estação de metro de Maelbeek, próximo do Parlamento Europeu, matando mais 16 pessoas.

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