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Caixa à espera do Governo para decidir venda em Cabo Verde e no Brasil

O banco estatal está agora a aguardar que o Governo se pronuncie sobre as suas recomendações relativamente aos bancos em Cabo Verde e no Brasil, para se decidir o futuro das duas operações.
  • Cristina Bernardo
11 Fevereiro 2022, 18h41

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) ainda não vendeu os bancos que tem no Brasil e em Cabo Verde. O banco do Estado afirma que já fez as recomendações ao Governo sobre ambos os processos, estando agora a aguardar que o Executivo se pronuncie para decidir o futuro das duas operações que estavam previstas alienar no plano estratégico até 2020.

“As recomendações [sobre os processos de venda dos bancos em Cabo Verde e no Brasil] foram feitas ao Governo e estamos à espera”, afirmou Paulo Macedo, presidente executivo da Caixa, na conferência de imprensa realizada esta sexta-feira para a apresentação das contas de 2021. O banco obteve lucros de 583 milhões de euros neste período.

Ambas as vendas estavam previstas no plano estratégico da CGD para 2017-2020, que obteve a aprovação das autoridades europeias em abril do ano passado. No entanto, os processos não ficaram fechados neste período.

Em Cabo Verde, o objetivo passava por alienar a participação de mais de 50% que detém no Banco Comercial do Atlântico. Isto não iria, contudo, significar a saída do capital do banco de Cabo Verde, já que manteria a sua presença através do Interatlântico, no qual detém uma participação de 71%. “Em termos estratégico, definimos a posição há vários anos: não faz sentido a Caixa ter dois bancos em Cabo Verde”, afirmou Paulo Macedo.

Agora, “vai depender do mercado, da procura, das autoridades de Cabo Verde”, realçou. A CGD deixou de contabilizar a atividade do BCA como ativo disponível para venda e passou a consolidar integralmente os resultados deste banco. Isto significa que o banco não será vendido no curto prazo. No entanto, a decisão está nas mãos do Governo.

No Brasil, o plano incluía a venda do Banco Caixa Geral, tendo o Governo relançado o processo no ano passado. Isto depois de, um ano antes, o Conselho de Ministros ter aprovado um projeto de resolução que determinou a rejeição das propostas apresentadas no processo de alienação deste banco. Foram apresentadas propostas por parte de entidades como o Banco Luso-Brasileiro, do grupo Amorim, o Banco ABC Brasil e o fundo Artesia.

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