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CaixaBank/BPI sobe preço-alvo da Mota-Engil para 4,78 euros

A Mota-Engil diz que para esta revisão positiva “foi determinante o reposicionamento dos níveis de faturação para patamares inéditos atingidos em 2022 e que permitiram rever as estimativas para os anos seguintes”.
7 Junho 2023, 12h41

O novo research do CaixaBank/BPI sobre a Mota-Engil faz a primeira revisão desde a apresentação dos Resultados Anuais de 2022 da construtora, publicados a 1 de março.

A equipa de research do CaixaBank/BPI atualiza em 23%, em cenário base, o preço-alvo das ações da Mota-Engil de 3,89 euros para 4,78 euros por ação.

A Mota-Engil diz que para esta revisão positiva “foi determinante o reposicionamento dos níveis de faturação para patamares inéditos atingidos em 2022 e que permitiram rever as estimativas para os anos seguintes (atendendo ao crescimento da Carteira de Encomendas em +66% num ano), aumentando o EBITDA em 11% no período 2023-2026”.

Os pontos chaves destacam a execução recorde da carteira de pedidos a impulsionar ainda mais o crescimento, com a operação no México a liderar o caminho.

Os analistas destacam ainda a simplificação da estrutura do grupo depois que a Mota-Engil anunciou o fim da parceria com a Urbaser na divisão de Ambiente, para acelerar a expansão internacional. Recorde-se que a Mota-Engil anunciou o fim da parceria com a espanhola Urbaser, que datava de 1995.

A operação de concentração que já está na Autoridade da Concorrência consiste na aquisição, pela Urbaser, “do controlo exclusivo sobre uma empresa veículo a constituir que irá deter a unidade de negócio de resíduos industriais da SUMA (Industrial Waste NewCo), através da aquisição de uma participação maioritária do seu capital social à Mota-Engil, Ambiente e Serviços”.

O acordo prevê que Urbaser fique com o controlo do tratamento de resíduos industriais mediante a compra da posição de 61,5% detida pela Mota-Engil neste segmento de atividade. Nos termos do acordo estabelecido a Mota-Engil vai ainda adquirir a posição de capital de 38,5% na SUMA detida até agora pelo seu parceiro.

O research destaca também a entrada dos grupos Prodi e Mota-Engil México no capital da Duro Felguera.

A Mota-Engil anunciou ainda um investimento até 40 milhões de euros na Duro Felguera (empresa espanhola cotada na bolsa) para tirar partido dos movimentos de NearShoring e transição energética em algumas regiões, nomeadamente no México, onde o grupo já tem uma forte presença na atividade de contratação.

A Mota também vendeu 90 milhões de euros em obrigações soberanas angolanas com um pequeno prémio face ao valor nominal, reduzindo a sua exposição para 126 milhões de euros, destca ao CaixaBank/BPI.

Os analistas destacam o forte crescimento marcado pela execução de uma carteira de encomendas historicamente elevada de 12,6 mil milhões no ano de 2022 (40 meses de atividade; +66% em termos homólogos), com o México a ser o mercado número 1 do grupo (30% da carteira total), seguido de Angola (16%) e Nigéria (13%).

Para 2023, a Mota-Engil espera um crescimento do volume de negócios de cerca de 20% com receitas de cerca de 4,6 mil milhões de euros. A margem EBITDA deverá ficar alinhada com os níveis históricos (13,8% versus 14,2% reportados em 2022) e o Capex aos níveis de 2022 (353 milhões de euros perto dos 351 milhões de euros reportados no ano passado).

Por tudo isto o intervalo de avaliação feito pela casa de investimento situa-se entre 3,89 euros e os 5 euros por ação.

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